O governador Pedro Taques (PSDB), em entrevista à rádio CBN, na sexta-feira (23), afirmou não temer um desgaste político provocado pela deflagração da Operação Rêmora e com o depoimento do empresário Alan Malouf.
“Eu não tenho tempo para ter medo. Passar pelo que eu já passei, chegar a ser governador do estado onde eu nasci, onde eu vivo, onde quero morrer. O estado que eu amo. Depois de tudo que já fiz em Mato Grosso, minha vida toda, eu não tenho tempo para ter medo”, declarou.
Alan Malouf afirmou em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE) que a campanha de Pedro Taques em 2014 para o governo teria investimento de dinheiro de caixa 2, recursos não declarados à Justiça Eleitoral. E com isso, a fraude em licitações na Secretária de Educação (Seduc) deveria cobrir uma suposta dívida.
Na entrevista, Taques conta que já previa que sofreria acusações quando entrasse na política. “Estou absolutamente tranquilo em relação a isso. As nossas contas de campanha foram aprovadas por unanimidade no Tribunal Regional Eleitoral e está lá a prestação de contas para quem quiser ver”.
A Operação Rêmora, deflagrada em maio de 2016, apura as fraudes cometidas em 2015 na Seduc mediante cobrança de propina para direcionar as licitações aos empresários envolvidos com a organização. O secretário de Educação à época, Permínio Pinto, foi preso em junho deste ano acusado participar ativamente do esquema.
Para Taques, o atos de corrupção na secretaria precisa ser investigado, mas sem “pré-julgamentos”. “Assim que esse fato foi descoberto, nós exoneramos o Permínio Pinto no mesmo dia. Sem fazer pré-julgamentos. Eu não julgo as pessoas, não sou juiz para oferecer denúncia”.