O artigo tem como objetivo fomentar à reflexão, e, demonstrar a importância das posturas profissionais, éticas, inserindo-se no processo a relevância da humanização. Os depoimentos retratam com fidelidade a história de vida de servidores públicos que dedicam com ética, humanismo e profissionalismo. Assim, é entendido através suas vivências no interior do Hospital Universitário Júlio Müller-HUJM, em contato direto com cidadãos de todas regiões do Brasil. Servidores que respeitam na totalidade a condição dos cidadãos.
Tal como diz a Constituição no inciso III “dignidade da pessoa humana”, então entendemos que: no interior do HUJM vive-se dignidade, integridade, liberdade, profissionalismo e saúde. O cenário é que eles vivem a Constituição na sua plenitude.
Conforme o Art. 5º todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, (…)”. Os discursos dos profissionais cristalizam, que estes cidadãos tem em seu cotidiano, a prioridade das prioridades, não só viver a ética mais exigem posturas exemplares, tais quais são detentores.
Para reflexão do leitor basta observar e pesquisar sobre o passado dos depoentes como servidores – HUJM: Doutor Francisco José Dutra Souto, e Professor da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, da faculdade de medicina, do Hospital Júlio Müller-HUJM-MT, ex-diretor HUJM, foi vice-reitor-UFMT. Exerceu a função de: Coordenador da Ética em Pesquisa do HUJM no período de: 1998-2002.
A ética neste artigo é manifesta pela reflexão e ações desenvolvidas, de experiências cotidiana junto à sociedade. A postura ética de todo cidadão traz à luz: como cidadão relaciona-se consigo mesmo, com as pessoas que vivem em seu entorno, do ambiente de trabalho ao mundo globalizado.
Ao exercer diversificados cargos como médicos, prestando atendimento médico, ora para os pacientes da classe “A”, e, ora para os pacientes da classe “E”, Ética médica, conforme Doutor Francisco Souto, “Conjunto de normas que regem” a profissão da medicina no território nacional, tendo como principal preocupação a boa prática clínica, que deve ser pontuada no compromisso em trazer o melhor de sua capacidade profissional pela saúde do paciente, com transparência para o paciente e sigilo sobre suas condições de saúde. Também reza que o médico deve primar pelo convívio respeitoso e colaborativo com seus colegas médicos e com outros profissionais da área da saúde. ” (SOUTO, 14/08/17).
“Ética em pesquisa em seres humanos – Conjunto de normas que regem o compromisso de pesquisadores em proteger os voluntários que participam de pesquisa, de não prejudicá-los, e, de manter sigilo sobre condições pessoais e de saúde que cada um apresenta. ” (SOUTO, 14/08/17).
A especialista em formadores de gestores públicos, Merci Correa do Bomdespacho. Exercendo a função no atendimento de todos servidores da instituição sempre labutando para contribuir com pesquisas, assessorando os doutores do HUJM, e tendo como prioridade a intenção de resgatar os jovens, incentivando-os para elaboração de excelentes trabalhos. Isto para que possam contribuir com Mato Grosso e com o Brasil cientificamente. Conforme Bomdespacho, 11/08/2017. “Há 12 anos trabalho junto ao ‘Comitê de Ética em Pesquisa’ – HUJM. Sinto responsabilidade de atribuir a instituição, posturas cristalinas, respondendo a confiança que me foi imputada. Em 2004 poucos cidadãos apresentavam para a função. Abracei o trabalho. ”
A senhora Bomdespacho, desde 2004 secretária, do CEP-HUJM ligado a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) está diretamente ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS). O CEP do Hospital Universitário Júlio Muller foi o primeiro constituído do Estado de Mato Grosso, devidamente registrado na CONEP/MS, atendendo as normas da Resolução 196/96CNS/MS e 466/12CNS/MS e vem atuando desde 25 de agosto de 1997. Atualmente o CEP é constituído por 10 membros. Bomdespacho faz a leitura dos projetos, selecionando-os conforme a necessidade e prioridade científica. Esses projetos são remetidos para relatores seguidamente analisados.
Na Constituição, Título II, ‘Dos Direitos e Garantias Fundamentais’. E, dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos. ” Então, em XIV “ é assegurado a todos o acesso à informação e resguardo o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; ” (Art.5º, Constituição Federal).
Depoimento do Senhor “B” vamos omitir o nome do entrevistado e da cidade do depoente, para resguardá-lo, Miranda colheu o depoimento, às 06:55 da manhã, em 15/08/17, à 06:55, próximo do Hospital Júlio Müller, segundo (B) “paciente do interior para consultar com especialista na capital, Cuiabá, (…) no geral! HUJM, Santa Casa, hospital do câncer na maioria das clinicas de grande porte dentro de Cuiabá, (…) venho duas vezes por semana (…) o ônibus comporta 31 pessoas (…) ”
Graci O. Miranda: o senhor vai hoje? E a prefeitura paga diária? Paga tudo?
Informante B- vou hoje à tarde, paga! Casa de apoio para o paciente, paga diárias para o motorista, para ele se locomover, e com suas despesas particulares aqui na capital, em Cuiabá. (…) oito horas de viagens. (…). A gente tem hospital, um problema, um agravante para o interior, é o especialista, algum tipo de especialista, eles como profissionais muito procurados, eles preferem não ir para o interior. Aí deixa a desejar, não é que o órgão público deixa a desejar, é porque o órgão público não consegue levá-lo para o interior. ” (Informante B).
A história do cidadão dormindo sobre o cimento aos olhares é desfavorável ao mundo humanizado, parece-nos que vivemos em um circo: grandes poderes para elite política e regalias. Enquanto o batalhão de médicos limpos e sem falcatruas, sem envolvimentos com ‘Supremos’ “STF, sem ter que oferecer jantares para permanecer no poder, estes salvam vidas da sociedade. Recorri ao discurso do ex-Senador e jurista Vicente Bezerra Neto (1980) “Supercapacidade do inimigo de fraudar. ”. In: (MIRANDA, 2014.) Nos anos 60 as eleições eram assim, atualmente sobre o cenário na Praça Popular, no coração da Capital, poderemos afirmar da supercapacidade do Estado em abandonar o cidadão. Claude Lévi-Strauss, 1935, já em 1938 diz: “Brasil se transformara mais do que se desenvolvera. ”
O verbo salvar ‘ar’ na primeira conjugação, extremamente relevante para o Bem-estar do cidadão porque o hospital acolhe o cidadão, respeitando as suas condições. Isto, representa sintomas de ineficácia de proteção aos cidadãos. Basta! Estamos fartos de alguns políticos contaminados, ainda se fosse de saúde poderíamos fazer o que os municípios fazem: colocam na ambulância e enviam para o HUJM.
Sentimos orgulhosos mediante o discurso/cotidiano do médico Souto e Bomdespacho. Estamos e estaremos sempre limpos, e, combatente para resgatar os desamparados. Estes que são abandonados pelo Estado. Foto Graci O. Miranda, 15/08/2017; Local: Praça Popular, Cuiabá – MT.
Esperamos que os governantes abandonem o processo anestésico. Sejamos céleres despertem, pois, ética deveria e poderia ser um processo natural de todos.
Graci Ourives de Miranda, escritora/voluntária