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Estudo mostra que formação superior antecipa renda em 15 anos

Levantamento feito pelo Unico Skill, plataforma que conecta empresas e trabalhadores a diversas instituições de ensino, mostra que um profissional com apenas o ensino médio leva cerca de 15 anos para alcançar o salário já obtido por trabalhadores com ensino superior.

A projeção considera o aumento médio do salário mínimo nos últimos dez anos (6,35% por ano) e as rendas atuais dos profissionais com ensino médio (R$ 2.509) e com ensino superior (R$ 6.522). O resultado mostra que a graduação antecipa em uma década e meia o patamar de renda do trabalhador.

No caso de quem não tem instrução formal (R$ 1.662), seriam 22 anos até alcançar o salário atual de quem passou por alguma faculdade.

“Os números comprovam que a educação continua sendo o meio mais efetivo para o brasileiro conseguir melhorar sua renda”, destaca Isabela Melnechuky Cavalcanti de Albuquerque, pesquisadora líder de projetos estratégicos do Unico Skill.

O salário de trabalhadores com ensino médio é 14,6% superior ao dos que têm apenas o ensino fundamental. Já do ensino médio para o superior, a renda tem um salto de 159,9%, mostrando que quem conseguiu terminar a faculdade ganha mais do que o dobro do que os brasileiros que pararam no ensino médio. Na comparação com quem não tem instrução formal, o trabalhador graduado ganha quase quatro vezes mais.

“Quanto mais o profissional se qualifica, mais ele passa a fazer parte de um grupo restrito e mais disputado no mercado de trabalho. E o mais interessante é que essa valorização acontece mesmo antes da pessoa receber o diploma”, comenta Isabela.

Além dos ganhos de renda, o levantamento mostra que a chance de um profissional com ensino superior completo permanecer desempregado é menos da metade da de quem concluiu apenas o ensino médio (3,5% contra 8%). Em relação àqueles que não terminaram o ensino fundamental, chega a ser seis vezes menor: 3,5% contra 21,1%.

Ao observar que está cada vez mais difícil encontrar trabalhadores com as habilidades necessárias, Isabela ressalta que as empresas vêm investindo mais na educação de seus funcionários. “Isso é uma ótima notícia para esses profissionais e para a economia como um todo porque essa capacitação em massa, além de elevar o nível da força de trabalho, tem o potencial de aumentar a renda média do brasileiro, impulsionando o consumo interno e acelerando o crescimento econômico”, observa a pesquisadora.

Estadão Conteudo

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