O Profissão Repórter acompanhou de perto a atuação dos estudantes que ocuparam escolas públicas de São Paulo.
E.E. Fernão Dias Paes
Cem policiais militares controlam o acesso à escola. Os alunos que não conseguiram entrar na ocupação decidiram acampar na rua. “Nós não queremos a reestruturação das escolas”, diz Camila Rodrigues.
A Secretaria de Educação de São Paulo anunciou um grande plano de reestruturação no estado. Noventa e três escolas vão fechar e mais de 1.400 vão sofrer mudanças de ciclo de ensino.
“A proposta é dividir por ciclos, que os alunos do primeiro ao quinto ano tenham uma escola para eles, preparada para eles, para que as ações pedagógicas possam resultar num melhor aprendizado; para que os pré-adolescentes, do sexto ao nono ano, também tenham uma escola para eles e para que os alunos do Ensino Médio, que é minha grande preocupação, também tenham a possibilidade de ter uma escola preparada para o Ensino Médio”, diz Herman Voorwald, secretário estadual de Educação de São Paulo.
E.E. Antonio Manoel Alves de Lima
A escola Manoel Alves de Lima tem alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e curso noturno para adultos. Em 2016, só ficarão os estudantes do primeiro ao nono ano. Os outros serão transferidos.
Os alunos reclamam que a escola para onde os alunos do período noturno serão transferidos fica a três quilômetros e isso vai dificultar o acesso dos estudantes à educação.
E.E. Diadema
Na manhã do dia 14, dezesseis escolas estavam ocupadas na capital, Grande São Paulo e no interior. A Escola Estadual Diadema foi a primeira a ser ocupada em São Paulo.
A diretoria de ensino colocou um cadeado no portão, impedindo que os estudantes que estavam dentro saíssem e que novos manifestantes entrassem no colégio. Com a chegada da Polícia Militar, foi liberada a entrada de professores e novos alunos. Os professores se revezam durante à noite, para garantir que nada aconteça com os alunos.
Durante o dia, os alunos têm aula normalmente e o pátio fica lotado. Quem chega para a aula, apoia os colegas que ocupam a escola.
Nesta terça-feira, houve um acordo na Justiça. Os estudantes da E.E. Diadema devem desocupar a escola em 24h, com a promessa da Secretaria da Educação de analisar as reivindicações.
Até o início desta noite, eram 30 escolas ocupadas, segundo o Governo do Estado. Segundo o Sindicato dos Professores, são 43 escolas ocupadas.
Fonte: G1