Entre os pontos de reivindicações, a reitoria acatou sete. Segundo representantes do movimento, um dos pontos assegurados pela reitoria foi a garantia de investigar o que realmente aconteceu na terça-feira, rediscutir o plano de segurança da instituição.
Os estudantes também queriam que a reitoria proibisse a entrada da polícia dentro do campus. Segundo a advogada dos alunos, Daniela Félix, a reitora Roselane Neckel se absteve deste ponto pois se trata de uma área da qual ela não tem poder de arbitrar. Ela se comprometeu a fazer os protocolos de conduta para evitar novas cenas como as presenciadas esta semana, mas não prometeu proibir a entrada de policiais.
A polícia tem o dever de fazer a entrada em questões que exigem o cumprimento da lei, como o flagrante delito, por exemplo", informou Daniela.
A advogada ressalta que o movimento conseguiu reunir "diversos movimentos que conversaram neste processo e garantiram força ao movimento estudantil". Apesar disso, ela alega que "foi um desgaste muito grande físico e emocional neste período".
Negociação
Na noite desta quinta (27), representantes da administração da UFSC apresentaram uma contra-proposta que foi analisada pelo grupo até a manhã desta sexta. Após avaliar todos os pontos, os alunos decidiram desocupar a reitoria. Eles permaneciam em assembleia até as 13h decidindo como seria realizada a desocupação.
Na carta de reivindicações entregue pelo grupo, o primeiro ponto do documento pedia revogação do Termo de Ajuste de Conduta assinado pelo Ministério Público Estadual, a FLORAM, Promotoria da Justiça, PGM, Procuradoria Federal que legitima as ações violentas por parte da polícia, como as ocorridas no Bosque do CFH no dia 25 de março de 2014, e que também restringe as festas dentro do campus.
Além disso, solicitaram a retomada da comissão de festas. No terceiro ponto, eles exigiamm que reitoria se comprometesse a não autorizar a entrada das polícias Militar, Federal e Civil. No documento, também pedem contratação de segurança para o campus. No total, foram descritos 13 pontos de reivindicações. Todos receberam um posicionamento da reitoria que argumentou suas sugestões que foram aceitas pelos estudantes.
G1