Bruno conta que o acidente aconteceu logo após o embarque e que não viu o buraco, pois o veículo contava com uma espécie de fundo falso.Estava com um tampão, no qual quando eu percebi já estava dentro do buraco. É uma atitude espontânea, que você nem sente aquele momento, explicou o estudante, que tirou fotos do vão entre as poltronas.
O G1 tentou contato com a Viação Paraúna, responsável pelo veículo e pela viagem, mas as ligações não foram atendidas até a manhã desta sexta-feira (20).O estudante relatou ainda que, após cair e ficar ferido, pediu ajuda ao motorista, mas foi deixado nas proximidades do Centro Cultural Oscar Niemeyer, na GO-020, em Goiânia. Ele também alega que ligou para a empresa de ônibus, mas ninguém apareceu para prestar socorro.Entrei em contato com eles várias vezes depois e uma diretora me disse que iria averiguar a situação, falar com o motorista e que iria fazer o reembolso da passagem. Ela até pegou o número da minha conta [bancária], mas ninguém me atendeu mais, relata.
Direitos
O diretor da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor de Goiás (Procon-GO), Miguel Tiago, explica que em situações como a do estudante, a empresa tem que se responsabilizar pelo socorro.Está muito clara a responsabilidade do prestador de serviço. Caso ele não se disponha a atender, o Procon poderá fazer a mediação, ressaltou.
Tiago explica, ainda, que a empresa de ônibus pode responder a um processo e ser até multada.Em casos assim, primeiro tentamos fazer um acordo entre as partes, com o intuito de que a companhia preste a devida assistência ao usuário. Caso haja negativa, um processo de autuação pode ser aberto e resultar em uma multa.
Já a Agência Goiana de Regulação (AGR), responsável pela fiscalização e controle dos serviços públicos concedidos em Goiás, informou que, em casos semelhantes, a empresa de ônibus é obrigada a prestar socorro ao passageiro. Caso o procedimento não seja feito, o usuário deve denunciar o caso e a empresa poderá sofrer as sanções legais.
G1