Um estudante universitário britânico encontrou dentes de criaturas parecidas com ratos que viveram há 145 milhões de anos e possuem ligações distantes com os humanos, informou uma revista científica nesta terça-feira.
A descoberta foi feita na costa de Dorset, no sudoeste da Inglaterra, pelo estudante de graduação Grant Smith, quando ele examinava pedras na Universidade de Portsmouth.
“Inesperadamente, ele não encontrou um, mas dois dentes bastante notáveis de um tipo nunca antes visto em rochas desta época”, disse Steve Sweetman, pesquisador da universidade.
“Eu fui convidado a olhar para eles e dar uma opinião e, mesmo à primeira vista, fiquei de boca aberta!”, escreveu na revista científica Acta Palaeontologica Polonica.
Acredita-se que os dentes pertenceram a duas espécies diferentes de criaturas pequenas e peludas que provavelmente eram noturnas e se alimentavam de insetos e talvez plantas.
“Os dentes são de um tipo altamente avançado que pode perfurar, cortar e esmagar alimentos”, disse Sweetman.
“Eles também estão muito desgastados, o que sugere que os animais aos quais eles pertenciam viveram até uma boa idade para suas espécies. Um grande feito quando você está compartilhando seu habitat com dinossauros predatórios!”.
Apesar desses animais serem significativamente diferentes dos humanos, Sweetman os descreveu como “sem dúvida os mais antigos conhecidos da linha de mamíferos que leva a nossa própria espécie”.
As duas espécies foram nomeadas Durlstodon ensomi e Durlstotherium newmani, a segunda em homenagem ao proprietário de um pub local, Charlie Newman.
A descoberta foi feita na “Costa Jurássica” de Dorset, um Patrimônio Mundial da Unesco que carrega 185 milhões de anos de história.