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Estados Unidos terão Senado mais jovem

Entre os 11 novos senadores que saíram vitoriosos nas eleições de meio de mandato dos Estados Unidos, na terça-feira, oito têm menos de 60 anos e um, apenas 37 anos. Os legisladores são, em média, 16 anos mais jovens do que os atuais.

A idade média dos novos senadores é de 50 anos, contra a média de 66 anos dos legisladores que serão substituídos.

Segundo o jornal “Washington Post”, os novos calouros — incluindo dez republicanos e um democrata — aparentam ser diferentes do grupo influenciado pelo Tea Party que entrou no Senado na onda republicana de 2012.

A maioria dos novos legisladores tem muita experiência no governo. Três já ocuparam cargos em nível estadual. Outros cinco são membros da Câmara dos Representantes, onde os republicanos tenderam a apoiar o líder da casa, John Boehner, em suas longas e muitas vezes infrutíferas brigas com sua própria ala do Tea Party.

Aos 37 anos, o senador eleito Tom Cotton, um republicano do Arkansas, é o mais jovem do grupo, enquanto o republicano da Geórgia, David Perdue, 64 anos, é o mais velho.

Na noite de terça-feira, muitos dos calouros do Senado pareciam pensar que o maior problema de Washington era a falta de competência, de acordo com o “Post”. Eles demonstraram acreditar que os legisladores atuais carecem de foco ou estômago para se encontrar soluções de longo prazo para grandes problemas.

Vários dos novos senadores abordaram um retorno às antigas tradições do Senado, nas quais os dois partidos trabalharam juntos em reformas de longo alcance.

— Eu sou o único engenheiro químico no Congresso — discursou Steve Daines, de Montana, depois de ganhar uma cadeira no Senado. — Os engenheiros são treinados para resolver problemas, não para vencer argumentos.

O jornal americano destacou que um dos problemas é que os novos senadores assumirão o mandato em um Senado que já não se lembra mais de como os bons e velhos tempos de negociação funcionavam.

Quando os calouros tomarem posse, metade de todos os senadores estará no cargo desde 2008, em uma época já dominada pela paralisia partidária, segundo o “Post”.

O republicano Mitch McConnell, que deve se tornar o líder da maioria no Senado, afirmou que vai resgatar os bons hábitos. E a composição do novo grupo foi o suficiente para trazer a alguns dos atuais senadores a esperança de que as coisas realmente mudariam.

— Muitos dos novos membros são pragmáticos. Eles são conservadores, mas são conservadores pragmáticos — indicou a senadora Susan Collins, reeleita na terça-feira. — Eu vejo o caucus (republicano) como um caucus que quer que as coisas sejam feitas e que não será tão ideológico como se poderia pensar.

Além de expandiram a sua maioria na Câmara de Representantes, os republicanos conseguiram nas eleições de terça-feira o controle do Senado, num duro revés para o governo do democrata Barack Obama.

O Globo

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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