“O Estado irá garantir esses direitos de qualquer maneira. Já acionamos, inclusive, a Polícia Militar para que essa situação seja normalizada”, garantiu o titular da Sejudh, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, na tarde do último sábado, após reunião do Comitê de Gerenciamento de Crise.
A reunião foi necessária tendo em vista que ao agentes penitenciários, em greve desde a última sexta (26), não estão cumprindo a determinação da Justiça para que seja mantido um efetivo de 70% dos profissionais nas 65 unidades prisionais de Mato Grosso.
Segundo Carvalho, os profissionais estão com apenas 30% do efetivo nas unidades e ainda assim, “aqueles que lá estão, não estão trabalhando. Estão todos de braços cruzados”, pontuou o secretário.
Carvalho frisou que muitos grevistas estão ainda em estágio probatório e assegurou que o descumprimento de uma decisão judicial pode acarretar na exoneração dos servidores.
“Contamos com o bom senso do Sindicato da classe para que eles cumpram ao menos o que foi estipulado pela Justiça”, finalizou o secretário.
Confusão
No último sábado (27), houve muita confusão durante a visita de familiares ao Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo Carumbé, já que por conta da greve dos agentes, as visitas foram liberadas em número reduzido. Familiares chegaram a atear fogo em pedaços de árvores.
Comitê
O Comitê de Gerenciamento de Crise, instalado no último dia 25, é formado por representantes do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), e as secretarias de Estado de Segurança Pública e Justiça e Direitos Humanos.
Outro Lado
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários (SINDSPEN-MT), João Batista, alegou ter recebido informações de que, em função da greve dos servidores, seriam emitidos mandados de prisão em face dos lideres do movimento grevista.
“Quem devia estar sendo punido por não cumprir o que determina a justiça é o Estado, que firmou conosco um compromisso junto ao Tribunal de Justiça e não cumpriu dentro do prazo determinado. Nós estamos tranquilos diante dessas informações, pois sabemos que estamos dentro do nosso direito”, declarou o sindicalista que informou ainda, que a greve continua firme por tempo indeterminado no Estado.