Ferramentas de inteligência artificial (IA) como o ChatGPT são poderosas, mas muitas vezes frustram o usuário com respostas genéricas, vagas ou incorretas. O problema, na maioria dos casos, está na forma como a pergunta é feita ou no que se deixa de ser dito.
É aí que entra um conceito chamado engenharia de contexto. Apesar do nome técnico, a ideia é simples e pode ser aplicada no dia a dia: quanto mais claro for o seu pedido e mais informações você der sobre o que quer, quem você é e qual é o objetivo, maior a chance da IA te entregar algo realmente útil.
A seguir, veja sete formas práticas de aplicar esse raciocínio na sua conversa com o ChatGPT ou outro modelo similar e receber respostas mais certeiras, completas e adaptadas ao seu caso.
Simule um perfil
Começar seu prompt dizendo um perfil que você quer que o ChatGPT simule ajuda a IA a atingir o tom e estilo correto da resposta. Por exemplo, se você pedir para a IA agir como um professor do ensino fundamental, o sistema tende a explicar os conceitos de forma mais simples e didática. Já se você solicitar para a IA agir como um advogado ou profissional de marketing, ela pode usar termos mais técnicos e exemplos mais específicos.
Explique o que você quer fazer com a resposta
Também vale explicar qual é o objetivo do seu pedido. Muita gente simplesmente joga “faça um texto sobre educação financeira”, mas o resultado vai depender muito de como esse texto será usado. É para uma legenda de Instagram? Uma apresentação na escola? Um discurso? Dizer o que você pretende fazer com a resposta ajuda a IA a ajustar a forma, o tamanho e o estilo do conteúdo.
Mostre exemplos
Outra estratégia que funciona muito bem é oferecer exemplos. Se você gosta da forma de uma determinada pessoa se comunicar, como um influenciador, um jornalista ou um professor, diga isso. Quanto mais concreto o exemplo, melhor. Você pode dizer: “Quero que soe como um texto da influenciadora X” ou “escreva como se fosse uma matéria do jornal Y”. Isso serve como guia para a linguagem e estrutura.
Divida o pedido em etapas
Evite pedir tudo de uma vez. Dividir o processo em etapas costuma dar mais resultado. Se você quer criar um roteiro de vídeo, por exemplo, comece pedindo ajuda para definir a ideia central. Depois, vá para os tópicos e só então peça para escrever o corpo do texto.
Essa divisão em fases permite que o ChatGPT foque em cada parte do processo com mais precisão, sem se perder tentando resolver tudo ao mesmo tempo. O próprio ChatGPT pode ir te guiando em cada fase ao final de cada resposta, a partir de suas sugestões dinâmicas.
Ofereça os dados certos em vez de deixar a IA inventar
Se você precisa que o ChatGPT elabore um relatório, apresentação ou análise, forneça os dados que devem ser usados, mesmo que em formato de texto simples, colados no próprio prompt. Por exemplo: “Quero um relatório com base nestes números de vendas: janeiro – R$ 10 mil, fevereiro – R$ 12 mil, março – R$ 9 mil.”
Se você não der essas informações, a IA pode tentar buscar referências genéricas ou até inventar números. A IA não acessa dados em tempo real da internet e, mesmo quando tem acesso, pode errar. Quanto mais você direcionar com fatos e dados concretos, mais confiável será o resultado.
Lembre a IA do que já foi dito
Em conversas longas, vale lembrar a IA do que já foi dito anteriormente. Ela pode “esquecer” partes do contexto se a interação se estender demais. Uma frase como “considerando que já falamos sobre meu negócio de marmitas” ajuda a manter a coerência do diálogo. É uma forma de refrescar a memória do sistema e evitar respostas desconectadas.
Evite comandos vagos
Por fim, troque comandos genéricos por pedidos objetivos. Em vez de “faça um texto legal”, diga “escreva uma mensagem curta e informal para divulgar minha promoção de marmita vegana no Instagram”. Essa mudança simples, de algo genérico para algo direcionado, costuma gerar respostas mais úteis, personalizadas e publicáveis.
Peça uma checagem de fatos
Antes de usar qualquer conteúdo gerado pela IA, especialmente em contextos profissionais, acadêmicos ou públicos, vale pedir uma verificação das informações. Você pode solicitar “Revise esse conteúdo com base nas fontes usadas e me avise se houver dados incorretos ou afirmações duvidosas.”
Outra opção é solicitar: “Faça uma checagem com base nas informações disponíveis na internet.” Embora o ChatGPT não acesse dados em tempo real, ele pode comparar com o que aprendeu e apontar possíveis inconsistências. Esse tipo de revisão ajuda a evitar gafes, imprecisões ou até fake news.
