Minha trajetória de vida iniciou-se em 1974 na minha amada Penápolis, no interior do Estado de São Paulo. Filho de pais pobres, mas de caráter, nenhuma tarefa remuneratória poderia ser afastada, por isso, de lavador de banheiros a atendente de balcão, todo trabalho era executado com a máxima dedicação.
Ainda não pensava em salvar o mundo, mas o observava com muita atenção, sempre buscando entender os motivos dos fatos bons ou ruins que se apresentavam. Todavia, pela tenra idade e pouca instrução, muitas dúvidas permaneciam. Certa vez encontrei minha mãe chorando, em silêncio, na cozinha da nossa residência. Ela, que produzia salgados para vender na porta de escolas (à época com muros baixos e/ou telas de grandes vãos), afirmou com profunda tristeza que haviam subtraído o dinheiro do gás, que estava sobre a geladeira vermelha e de porta pesada que possuíamos.
Não entendia exatamente o que ocorria, mas aquela cena marcou minha trajetória.
Aluno de uma única escola pública (EE Professora Yone Dias de Aguiar), fitei meus olhos em direção ao futuro e, tempos mais tarde, com 18 anos, ingressei na Polícia Militar do Estado de São Paulo, carinhosamente chamada de Milícia Bandeirantes, onde, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, iniciei minha carreira policial. Em dezembro de 1996, como aspirante, iniciei meu combate à criminalidade.
Foram centenas de prisões, do mais simples furto a roubos com reféns, mas ainda faltava algo. Em 2005, já formado em Direito, prestei concurso para Delegado de Polícia em Mato Grosso. Meses depois estava cursando a Academia de Polícia da PJC/MT, de onde parti para um grande desafio: ser policial civil na fronteira. Em Cáceres, fruto de grandes mestres, descobri a grande paixão pelo combate aos homicídios e tráfico de drogas, bem como os delitos correlatos, em especial os patrimoniais graves.
Foram anos de intensa atuação, mas missões ainda maiores surgiriam.
Permaneci na Secretaria Nacional de Segurança Pública por um ano, depois atuei na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos e, até 2014, na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, unidade esta onde verdadeiramente preenchi as lacunas de combate à criminalidade. Entretanto, de tanto presenciar ações de corrupção gravíssimas, muitas delas amparadas pelo manto da impunidade, um enorme vazio ainda tomava conta de meu coração.
Eu me indagava todos os dias: O que fazer para mudar isso? Em quem confiar? Qual o caminho terei que adotar para acabar com esta praga social (a corrupção)? Como? Como? Como?
Passei meses aflito. Em 2014, quando, certo dia, soube que o Senador Pedro Taques disputaria as eleições a Governador em Mato Grosso.
Conhecedor de sua trajetória e admirador da história por ele construída de combate à corrupção, novamente senti o gosto da esperança. Com vibração, soube do resultado das urnas. Minha alma se encheu de alegria, energia e esperança. Em dezembro do mesmo ano fui convidado pessoalmente por Pedro Taques a ser o Presidente de um dos órgãos mais dilacerados pela organização criminosa que comandou Mato Grosso durante anos, e mesmo sucateado, aceitei o desafio de conduzir o Detran, instituição que aprendi a amar e respeitar, e que muito avançou na atual gestão.
Um órgão corroído pelo descaso teria, obviamente, muitas dificuldades a superar, porém, cada vez que me reunia com o Governador Pedro Taques e o Secretário Chefe da Casa Civil, Paulo Taques, minhas energias se renovavam e meu ânimo aumentava, pois o que mais ouvia era que estávamos no caminho certo e que não poderíamos retroceder um milímetro.
Em abril de 2016 recebi um novo desafio do Governador Pedro Taques, o de liderar a segurança pública do meu amado Mato Grosso, estado que escolhi para viver e permanecer após término da minha jornada terrena.
Confesso que meu desejo de menino de não ver mães chorando novamente por falta de gás ou comida para seus filhos, voltou a brilhar com a mesma intensidade de quase 25 anos atrás.
Pedro Taques me fez ter esperança! Me fez sonhar acordado.
Sou daqueles que conhecem o caráter das pessoas pelos olhos. Que vêem as intenções nas palavras mais simples e que reconhecem grandes líderes pelo exemplo de cada passo. Pedro Taques, em você deposito minha total confiança, respeito e admiração. Sei da sua sede por verdades e justiça.
Os fatos que ora se apresentam são fruto da sua luta!
São graves, e esta qualificação ouvi de sua boca várias vezes, como também de outros secretários de Estado, homens e mulheres responsáveis, por isso merecem uma apuração profunda dos órgãos competentes.
"Ninguém está acima da lei". Somente da boca de grandes e honrados homens saem palavras com tamanha envergadura e responsabilidade republicana.
Minha alma não me engana. Nunca me enganei! Pedro Taques, transformaremos Mato Grosso para melhor com a mesma dignidade de sempre!
Minha esperança continua viva e com a mesma intensidade!
Conte comigo Pedro Taques para mostrarmos a Mato Grosso e ao Brasil que é possível fazer diferente, sem corromper ou ser corrompido!
*Rogers Jarbas é secretário de Segurança Pública de Mato Grosso.