Entre os signatários estão o cientista Stephen Hawking, o empreendedor Elon Musk e o cofundador da Apple Steve Wozniak. O documento será apresentado na Conferência Internacional Conjunta de Inteligência Artificial em Buenos Aires nesta terça-feira.
Os "robôs matadores" têm sido alvo de debate e foram tema de comitês na Organização das Nações Unidas, que considera proibir certos tipos de armas autônomas.
Agora, especialistas pedem a suspensão específica no uso de inteligência artificial para manusear armas que possam sair de "controle humano significativo."
"Assim como a maioria dos químicos e biólogos não têm interesse em construir armas químicas ou biológicas, a maioria dos pesquisadores de inteligência artificial não têm interesse em construir armas com inteligência artificial – e não querem que outros interfiram em seu campo ao fazê-lo."
Outros nomes na carta, publicada pelo Future of Life Institute (FLI), incluem o professor do MIT Noam Chomsky, o chefe de inteligência artifical do Google Demis Hassabis e o filósofo e cientista cognitivo Daniel Dennett.
Em dezembro, em entrevista à BBC, Hawking disse temer que o uso de inteligência artificial pudesse significar o fim da humanidade.
"Seres humanos, que são limitados por uma lenta evolução biológica, não poderiam competir [com inteligência artificial] e seriam substituídos", disse.
Outros signatários da carta, como Eric Horvitz, chefe de pesquisa da Microsoft, deixaram claro que defendem o uso de inteligência artificial em outros campos de pesquisa.
"Você vê o quanto a informática fez para nossa sociedade, para a economia social, em atividades como cuidados de saúde – tem sido incrível. A inteligência artificial vai mudar muitas coisas", disse.
"Com isso, há muita esperança, muitos possíveis benefícios e também algumas preocupações."
Fonte: BBC BRASIL