O Espaço de Acolhimento da Mulher, inaugurado pelo prefeito Emanuel Pinheiro e pela primeira-dama Márcia Pinheiro em junho de 2020, já realizou mais de 100 atendimentos. O projeto, pioneiro no Centro Oeste, funciona, durante 24 horas, em uma estrutura dentro do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e presta toda assistência necessária às vítimas de violência doméstica.
Na estrutura, as mulheres contam com atendimento psicossocial, pelo qual a psicóloga e a assistente social fazem o acolhimento emocional e levantamento dos fatos, além de um acompanhamento contínuo. “Atualmente o espaço realiza o acompanhamento semanal de aproximadamente 30 mulheres, com terapia voltada para este trauma de violência doméstica”, explica a coordenadora psicossocial do Espaço de Acolhimento, Thayssa Ferraz.
Thayssa ressalta que os agendamentos acontecem sempre com a mesma psicóloga que atendeu no início da vítima. Ela destaca que isso acontece para que a mulher não tenha que contar e delongar o sofrimento cada vez que voltar para realizar a terapia.
Existem três formas de atendimento, o primeiro é por meio da urgência e emergência, para as mulheres que foram agredidas e precisam de atendimento médico especializado. Nessa situação, a vítima pode procurar as dependências do espaço, que foi pensado para oferecer discrição e isolamento, a fim de diminuir os impactos psicológicos da agressão.
Outra situação de atendimento é o referenciado, quando órgãos públicos como, por exemplo, Defensoria Pública, Centros Especializados de Assistência Social, dentre outros, solicitam o acolhimento da vítima de violência doméstica para determinado tipo de serviço oferecido como assistência social, jurídica, médica e psicológica. A terceira situação é o atendimento voluntário, quando a vítima de agressão familiar procura, de forma espontânea, os serviços oferecidos pelo espaço.
De acordo com a psicóloga, as mulheres têm denunciado mais seus agressores. Um exemplo é o próprio Espaço de Acolhimento, que mesmo sendo um projeto inaugurado há poucos meses vem sendo bastante procurado. “Nossa prioridade atualmente é alcançar a zona rural, bairros periféricos, onde muitas vezes não chega informação, que existe uma Secretaria da Mulher, uma sala de acolhimento ou até mesmo uma casa de amparo”, observa.
Segundo a secretária municipal da Mulher, Luciana Zamproni, o espaço deu tão certo que as assistidas pediram uma terapia em grupo, para que elas ouvissem e contassem as histórias de superação que viveram. “Este projeto está no nosso planejamento para que possamos mostrar para essas mulheres que elas não estão sozinhas e que existem outras que também passaram por uma violência e superaram”, explica.