O agronegócio brasileiro vem consolidando o ESG (sigla para Ambiental, Social e Governança) como uma estratégia essencial para a sustentabilidade e longevidade dos negócios rurais. Segundo a Serasa Experian, mais de 91% dos produtores já adotam práticas alinhadas a esses princípios. Para a administradora e pesquisadora internacional Vanessa Chiamulera, o ESG deixa de ser uma tendência e passa a ser uma ferramenta concreta de gestão nas propriedades.
Vanessa foi a palestrante principal do circuito Agroligadas Agrega, realizado pelo Movimento Agroligadas em cinco cidades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com o tema “A gestão que gera valor”, os encontros abordaram de forma prática como aplicar conceitos de sustentabilidade e governança nas rotinas agrícolas, com destaque para a valorização das pessoas, escuta ativa e construção de uma cultura organizacional transparente.
A iniciativa envolveu cerca de 600 participantes, entre produtores, colaboradores, estudantes e familiares, e teve encerramento durante a 57ª Expoagro em Cuiabá. Casos como o da professora Elizabeth Neves, que assumiu a gestão da fazenda da família, reforçaram o impacto transformador do projeto. Segundo ela, o evento fortaleceu sua visão sobre liderança feminina e gestão no agro.
O sucesso da primeira etapa motivou novas ações do Movimento Agroligadas. A segunda fase, prevista para setembro, passará por cinco cidades de Mato Grosso, incluindo Sapezal e Sinop. A terceira etapa, no segundo semestre, deve alcançar estados como Roraima, Rio Grande do Sul e São Paulo, ampliando o alcance da iniciativa e promovendo redes de apoio no setor.
