Esportes

Escutas apontam que cartel do VLT agiu em Cuiabá

 
A linha de VLT que está sendo construída em Cuiabá está orçada em R$ 1,47 bilhão, com recursos Federais e do Estado. Sua licitação foi concluída em maio do ano passado e vencida pelo consórcio VLT Cuiabá, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF, Magna Engenharia Ltda e Astep Engenharia Ltda.
 
Assim que houve a divulgação do que foi apurado pela PF, o Cade apreendeu documentos na filial da empresa no Brasil, onde foram encontrados indícios de cartel não somente em Cuiabá, como também em Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. A empresa espanhola CAF, alvo de investigação em São Paulo e no Distrito Federal por suspeita de pagamento de propina, formação de cartel e subcontratação de empresas que perderam licitações, é também responsável pela construção dos vagões para o VLT em Cuiabá. 
 
Cópias de documentos foram solicitadas ao Cade pelo promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa e comandante da investigação no Estado, mas não existe prazo para que o MPE tenha acesso aos dados; pedido semelhante feito pelo Governo do Estado de São Paulo foi negado pelo Conselho.
 
Com anúncio do consórcio vencedor do VLT em Cuiabá e Várzea Grande um mês antes do resultado oficial, denunciado pelo ex-assessor especial do vice-governador Francisco Daltro (PSD), Rowles Magalhães Pereira da Silva, as suspeitas tornam-se fortes indícios de combinação de vencedores com a finalidade de partilhar os valores das obras.  
 
O que mais intrigava nesse imbróglio é que o consórcio Mendes Junior/Soares da Costa/Alstom, segundo colocado no certame que definiu os responsáveis pela construção do VLT, tinha como integrante a empresa Alston, que também é citada no suposto esquema de formação de cartel no mercado metroviário brasileiro. Este fato poderia sinalizar que o consórcio vencedor subcontratou empresas dos consórcios derrotados, prática comum quando há conluio, corroborado com a entrada da Isolux, que se tornou parte do consórcio vencedor da licitação da manutenção dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em São Paulo, numa troca ‘de favorecimento’.
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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