Já falamos em oportunidades anteriores aqui em nosso espaço sobre a diferença basilar entre um talismã e um amuleto. Enquanto o talismã é um objeto confeccionado objetivamente para um fim, levando-se em consideração vários fatores tais como horários, fase lunar, local, símbolos, metais etc., o amuleto já é qualquer objeto para o qual alguém deseje dar uma conotação energética de proteção, usando para isso de sua própria força mental, sem necessidade alguma de maiores preocupações. Entre os vários tipos de talismãs existentes encontramos um que se sobressai entre os outros quando o quesito é proteção mediúnica. Trata-se do Escudo Astral.
O Escudo traz consigo exatamente a função de anunciar, denominar e defender o campo mediúnico das pessoas. Segundo a visão de alguns, todos nós somos médiuns, pois temos a capacidade de comunicação com os seres de outras realidades em menor ou maior grau, no entanto, o simples ter comunicação não é suficiente para alguém ser médium de fato, pois, como o próprio nome diz, médium é aquele que media dois mundos e para se fazer isso não basta apenas a capacidade de comunicação, é necessário que essa capacidade seja marcante, possante e desenvolvida. Para os que têm essa capacidade de interação o Escudo é uma espécie de armadura específica, e suas influências energéticas, planetárias, naturais e espirituais são especificadas através da escrita imagística sagrada, a conhecida Lei da Pemba. Esses sinais reproduzem as reais estruturas esquemáticas do Mundo Astral e refletem energias cósmicas e terrestres mais que sutis, mas, ainda assim, materiais.
Eles podem invocar, fixar e/ou irradiar a força astral de uma entidade, servindo de médium ou meio de comunicação entre ela e seus devotos, através da conjugação correta de seus significados e apoiados em suportes talismânicos devidamente preparados. As pessoas que têm sensibilidade astral bem sabem, buscam a toda forma estarem debaixo do amparo protetivo de seus amigos espirituais; as energias, livres ou controladas, se aproximam de todos constantemente, mas apenas os sensíveis conseguem captar suas emanações e características. Essas pessoas constantemente são vítimas de assédios espirituais, energias que espalham dores e doenças pelo corpo, insônia ou sonhos “sem sentidos”, quando não desejos anormais que não condizem com a realidade da vida pessoal.
Já atendemos muitas pessoas assim e bem sabemos o quanto esses assédios fazem mal. A tradição católica indicou, ao passar dos séculos, muitos talismãs como a medalha de São Bento e a medalha milagrosa (Rue du Bac, Paris), mas hoje, quando a fogueira da Inquisição não nos ameaça mais, é possível possuirmos escudos protetivos mais específicos e particulares ainda. Independente dos ataques, devemos sempre nos lembrar que acima de qualquer objeto de proteção está nosso merecimento e dignidade; sem eles, nada conseguirá nos afastar da consequência de nossas ações, afinal, já dizia Jesus: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Salve!