Imigrantes, a maioria da Siria, caminham nesta segunda-feira (7) em estrada na Dinamarca para buscar asilo na Suécia (Foto: AFP PHOTO / Scanpix Denmark /BAX LINDHARDT DENMARK OUT)
A justiça da Dinamarca condenou nesta sexta-feira (11) Lisbeth Zornig Andersen, escritora e ativista popular no país, a pagar uma multa de 22.500 coroas (R$ 12.200) por ajudar uma família síria que tinha entrado ilegalmente no país a chegar à Suécia.
Andersen, que fundou e dirigiu várias organizações de ajuda à infância, foi condenada no tribunal de Nykøbing Falster, no sul da Dinamarca, por tráfico ilegal de pessoas, junto com seu marido, que recebeu como pena multa do mesmo valor.
A autora deu carona em seu carro a uma família síria que tinha chegado ao sul do país em setembro, quando centenas de solicitantes de asilo se amontoavam na fronteira após a Alemanha decidir deixar a passagem livre aos refugiados sírios que queriam seguir viagem até o norte da Europa.
Andersen, que comentou em vários meios de comunicação que ajudou uma família síria a atravessar a fronteira, afirmou no julgamento que nem ela nem seu marido sabiam que as leis dinamarquesas consideram ilegal transportar pessoas que estão em situação irregular no país.
A escritora qualificou a sentença de "inaceitável" e alegou que o tribunal tentou dar o exemplo, já que a multa é superior à de casos similares.
Segundo números da Polícia Nacional, 279 pessoas foram acusadas entre setembro e fevereiro de tráfico de pessoas por ajudarem refugiados que estavam ilegalmente no país, quase o dobro que em todo 2014.
O governo dinamarquês chegou a paralisar temporariamente o tráfego ferroviário com a Alemanha, mas, como a maioria dos peticionários expressou desejo de pedir asilo na Suécia, com uma política mais favorável a respeito, seguiu o exemplo alemão.
Fonte: G1