Cidades

Escola corta papel higiênico para alunos por falta de dinheiro

Uma das maiores escolas de Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul, deixou de fornecer papel higiênico aos alunos nesta quarta-feira (23). O motivo, segundo a direção, é a falta de repasse de verbas pelo governo do estado (confira mais na reportagem do Jornal do Almoço).

O aviso da falta de papel higiênico foi colado nas portas dos banheiros. Nele, a direção ainda pede para que os alunos levem seus próprios rolos de casa.

Os estudantes pareciam não acreditar na notícia quando chegaram para a aula. No começo da manhã ainda era possível encontrar papel higiênico no banheiro do corredor, mas eram os últimos rolos.

"E difícil, não pela questão do papel, mas pela falta de respeito com a educação. Não é repassado dinheiro para papel, para a merenda…", desabafa o estudante Alessandro Lopes. "É o mínimo que tem que ter, é um material básico, essencial", acrescenta a aluna Luana Silva da Rosa.

Professor da escola, que trabalha na rede estadual há mais de 20 anos, Antônio Carlos Rodrigues afirma que nunca havia passado por situação parecida. "Só demonstra o quanto está difícil trabalhar nas escolas estaduais", salienta Antônio Carlos Rodrigues.

Além de Antônio, outros professores contaram que a escola tomou a decisão de cortar o fornecimento de papel higiênico para não interromper as compras de material didático.

A reportagem tentou conversar com a direção sobre o assunto, mas a pessoa responsável não quis gravar entrevista. Informou, entretanto, que tentará resolver a situação ainda nesta semana.

Em nota, a Coordenadoria Regional de Educação do G1 informou que "a autonomia financeira das escolas está atrasada desde julho em função da falta de recursos do Estado". 

Governo enfrenta crise financeira
Desde que assumiu o governo, José Ivo Sartori encontra dificuldades para manter pagamentos de servidores, terceirizados, e fazer os repasses necessários a setores como educação e saúde.

Nesta última terça-feira (23), propostas com o objetivo de minimizar a crise financeira foram aprovadas na Assembleia Legislativa. A mais polêmica delas, sobre o aumento das alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), foi aprovada por 27 votos contra 26.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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