Além dos lideres partidários que estiveram à frente da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), nesse segundo turno, em Mato Grosso, quem também esteve, nesta segunda-feira (27), na coletiva de imprensa de comemoração da vitória da petista, foi o produtor rural Eraí Maggi (PP). O produtor é alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada pelo deputado José Riva (PSD), na Assembleia Legislativa.
Na ocasião, Eraí dispensou qualquer tipo de comentário ou explicação sobre o caso da CPI da Cooamat (Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso). Segundo ele, o momento não era o propício para falar sobre as investigações dos deputados.
“Nós viemos aqui para conversar, já que é hora de festa e comemoração. Isso é outro assunto. Vai ter outra oportunidade para falar sobre o assunto”, se limitou o produtor.
Nesta terça-feira (28), José Riva precisa apresentar um cronograma de investigações dos fatos provando que há tempo hábil para apurar tudo ate 31 de janeiro, quando se finda a atual legislatura.
Investigação
A CPI criada por Riva, com a assinatura de 10 parlamentares, investiga a suspeita de fraude e simulação de negócios na Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), que tem como sócio o produtor Eraí Maggi (PP) e parentes, além de funcionários do grupo Bom Futuro.
A suspeita é que a Cooamat é usada para operações fraudulentas que chegariam à R$ 500 milhões. Riva declara que Eraí usa essa cooperativa para não pagar impostos, já que os tributos cobrados das cooperativas são mais baixos do que para empresas comuns.