O assassinato brutal da jovem Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, abalou Cuiabá e todo o país. Grávida, ela foi atraída para uma armadilha cruel e teve o bebê retirado do ventre antes de morrer por hemorragia. Seu corpo foi enterrado no quintal da casa da assassina, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, que já está presa. A recém-nascida, batizada de Liara, passa bem e logo irá para casa com a avó materna e o pai.
No velório da jovem, realizado nesta semana, a dor e a indignação tomaram conta da família. Ana Paula Azevedo, mãe de Emilly, desabafou sobre a perda irreparável. “Minha filha era cheia de sonhos. Não era isso que imaginávamos para ela. Só Deus para aliviar essa dor”, declarou emocionada. Ana conheceu a neta no hospital e reforçou que Liara sempre teve todo o suporte necessário, o que torna ainda mais chocante o fato de Emilly ter sido atraída para a armadilha da assassina.
O crime veio à tona depois que Nataly Helen apareceu em um hospital da cidade alegando ter dado à luz em casa. No entanto, exames comprovaram que ela nunca esteve grávida. Diante da inconsistência da história, a polícia foi acionada e encontrou o corpo da jovem enterrado no quintal da residência da criminosa, com sinais de tortura. A polícia prendeu a assassina em flagrante, mas o marido, a irmã e o cunhado dela, que chegaram a ser detidos, foram liberados por falta de provas.
Agora, a família luta para que a justiça seja feita. “Minha filha sofreu muito, não pode cair no esquecimento”, afirmou a mãe de Emilly. O pai da bebê já manifestou o desejo de criá-la ao lado da avó materna, garantindo que a menina crescerá cercada de amor e proteção. Enquanto isso, a investigação prossegue para determinar se o marido da assassina tinha conhecimento do crime. O caso gerou grande comoção e reforça a necessidade de atenção às mulheres grávidas, que podem ser alvos de crimes hediondos como esse.