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Equipe econômica tem elevado previsão de impacto do pacote de ajuste fiscal, diz Durigan

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira, 10, que a equipe econômica tem feito uma atualização para cima na previsão de impacto com o pacote de ajuste fiscal anunciado pelo governo, hoje estimado em R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026. “Estamos fazendo uma atualização agora, que vai dar um pouco mais”, disse durante almoço na Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

Durigan se dispôs a apresentar as estimativas de impacto do governo ao mercado financeiro.

Segundo ele, as contas dos agentes do mercado têm variado entre R$ 56 bilhões e R$ 62 bilhões.

O secretário garantiu que o ajuste que tem sido proposto vai levar o governo a manter uma regra fiscal sólida em 2026.

Disse ainda que, neste ano, desconsiderando as despesas com a tragédia do Rio Grande do Sul, o Executivo terminará o ano dentro da meta fiscal.

Durigan afirmou também que, após a discussão da reforma da renda, o governo precisará endereçar uma discussão sobre a Previdência. Segundo ele, há uma equipe técnica engajada neste assunto.

Ajustes

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda afirmou também que podem ser feitos ajustes menores na proposta de alteração nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para destravar a votação das medidas de ajuste fiscal, mas preservando o impacto do pacote.

“Ontem eu tive uma conversa com a bancada do PT em que ouvimos as preocupações quanto ao BPC, mas ao mesmo tempo ouvimos ali um bom consenso de que é o momento de fazer esses ajustes, de votar essas medidas. A preocupação é legítima”, disse Durigan a jornalistas, já após o almoço na FPE.

O secretário menciona que há uma preocupação da bancada do PT sobre o BPC, que o Ministério da Fazenda “entendeu e vai internalizar”. “Dependendo de como for, talvez seja possível fazer um ajuste ou outro menor para que destravemos a votação.”

Ele evitou dizer quais ajustes poderiam ser feitos, mas garantiu que são mudanças que podem preservar a lógica do BPC, mantendo o impacto fiscal do pacote e corrigindo, eventualmente, algum conceito ou alguma imprecisão que tenha gerado incômodo, como o conceito de “família”. “Como a nossa intenção é rever e ter um controle mais nessas políticas, se de fato tiver um medo de perda de direitos, podemos rever, acho que não tem problema”, disse.

Estadão Conteudo

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