Com Jefferson Oliveira
Enfermeiros que trabalham no Hospital Metropolitano em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá-MT) suspenderam a greve, após 24h paralisados. A suspensão será mantida por aproximadamente 20 dias, quando a categoria se reunirá com o secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares.
A informação foi dada ao Circuito Mato Grosso, em conversa com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT), Dejamir Soares. “Foi encaminhado ontem por parte do Luiz Soares um pedido uma trégua de 20 dias, até para que eles possam tomar pé da situação da Secretaria. Colocamos isso em votação na Assembleia realizada no Metropolitano durante a noite e foi decidido por ampla maioria dar esse voto de confiança”.
De acordo com Dejamir, a categoria busca o acerto rescisório do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) que administrou o hospital por três anos. É cobrado também a contratação ou realização de concursos, para que possam ser supridas as necessidades do hospital, que atualmente tem 130 profissionais, sendo apenas 30 enfermeiros e os demais são técnicos em enfermagem.
Luiz Soares esta a frente da secretaria. Os dias pedidos pelo secretário, será para a análise de documentos, sobre o acerto e também para uma possível contratação e reinvindicação da categoria.
Situação precária
Na última sexta-feira (24) o Circuito Mato Grosso fez uma denúncia das condições desumanas em que os pacientes vem sendo atendidos na unidade. A reportagem registrou, dentre outros, pacientes recebendo soro em pé pelos corredores e um único banheiro para homens e mulheres sem nenhuma condição sanitária de uso.
Ambiente propício para propagação de infecções e bactérias, o único banheiro da urgência e emergência é usado por todos os pacientes e seus acompanhante para fazer suas necessidade fisiológicas e banho. Em determinados horários, a fila chega ter 40 pessoas.
A situação não é nova. Em matéria feita no início de 2016, os pacientes denunciaram a falta de organização da instituição, porque exames desapareciam. Ainda denunciaram que os corredores eram feitos de enfermarias e o descaso dos profissionais de saúde. O que não mudou, mesmo depois de reformas e abertura de novas alas.