Cidades

Enfermeiros do Metropolitano entram em greve, mas avaliam pedido de secretário

Foto: Rafael Nunes

Enfermeiros que trabalham no Hospital Metropolitano em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá-MT) entraram em greve na manhã desta quinta-feira (30). No entanto, o movimento paredista pode ser finalizado ainda no início dessa noite, em assembleia geral que será realizada na própria unidade de saúde.

A informação foi obtida pelo Circuito Mato Grosso em conversa com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso ( Sinpen-MT), Dejamir Soares. Ele informou os motivos da greve e o pedido do atual secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares.

“A categoria busca o acerto rescisório do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) que administrou o hospital por três anos. É cobrado também a contratação ou realização de concursos, para que possam ser supridas as necessidades do hospital, que atualmente tem 130 profissionais, sendo apenas 30 enfermeiros e os demais são técnicos em enfermagem”, disse o presidente.

Ainda conforme Dejamir, há excesso de pacientes e poucos profissionais, deixando os servidores sobrecarregados.

Ele disse que o novo secretário de Saúde enviou um ofício ao sindicato requerendo a suspensão da greve por 20 dias, para que ele possa analisar a situação e dar um posicionamento para a categoria.

“Ele nos informou que tem apenas nove dias na pasta. Hoje a noite iremos realizar a assembleia com os profissionais, passar a situação. É provável que os profissionais aceitem o pedido do secretário, pois seria até um bom senso por nossa parte, reconhecer que apenas nove dias, não dá para ficar ciente da situação da saúde no Estado”, completou.

Os 20 dias pedidos pelo secretário, será para a análise de documentos, sobre o acerto e também para uma possível contratação e reinvindicação da categoria. 

Situação precária 

Na última sexta-feira (24) o Circuito Mato Grosso fez uma denúncia das condições desumanas em que os pacientes vem sendo atendidos na unidade.  A reportagem registrou, dentre outros, pacientes recebendo soro em pé pelos corredores e um único banheiro para homens e mulheres sem nenhuma condição sanitária de uso.

Ambiente propício para propagação de infecções e bactérias, o único banheiro da urgência e emergência é usado por todos os pacientes e seus acompanhante para fazer suas necessidade fisiológicas e banho. Em determinados horários, a fila chega ter 40 pessoas. 

A situação não é nova. Em matéria feita no início de 2016, os pacientes denunciaram a falta de organização da instituição, porque exames desapareciam. Ainda denunciaram que os corredores eram feitos de enfermarias e o descaso dos profissionais de saúde. O que não mudou, mesmo depois de reformas e abertura de novas alas.

Leia mais:

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Jefferson Oliveira

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