A enfermeira e servidora pública Letícia Palú, de 39 anos, foi condenada a 6 anos e dois meses de prisão em regime aberto por ser flagrada no interior da Penitenciária Central do Estado, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá (MT), com dois smartphones e carregadores. Letícia faria parte do Comando Vermelho da Capital (CVC). A juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Contra o Crime Organizado, também condenou outros três envolvidos no caso. As condenações foram publicadas no Diário da Justiça Eletrônico desta terça-feira (05).
Aldemir de Assis Campos, que receberia os aparelhos celulares de Letícia Palú, foi condenado a seis anos e oito meses em regime semiaberto. Porém, ele já cumpre pena por outro crime na mesma unidade e lá permanecerá em regime fechado.
Fernando dos Santos Penha, que também é reeducando e estava envolvido no esquema dos celulares, foi condenado a três anos e seis meses permanecerá na PCE onde cumpre pena por outros crimes. Já Ludmilla Paula Matheus de Castro, que é esposa de detento, foi condenada a 3 anos de prisão em regime aberto.
Letícia Palu, servidora pública lotada na PCE, foi presa no dia 26 de dezembro de 2016 ao ser flagrada por agentes penitenciários próximo ao Raio 4 da unidade com os aparelhos dentro de sua caixa de remédios. Segundo ela, os eletrônicos seriam entregues ao detento Aldemir de Assis Campos, 34, membro da facção criminosa Comando Vermelho.
Na sala da servidora, que trabalhava há cerca de um ano como farmacêutica da PCE, também foram encontrados outros dois carregadores. O fato foi comunicado a Polícia Civil e uma equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) esteve no apartamento da farmacêutica, onde encontraram mais quatro telefones celulares.
Letícia Palú foi autuada por facilitar a entrada de aparelhos telefônicos em presídio e de estar envolvida em uma organização criminosa. Ela teve a prisão em flagrante convertida para preventiva e transferida para o presídio feminino Ana Maria do Couto May.
No início de 2017, ela teve um pedido de revogação da prisão negado. Em fevereiro passado, no entanto, a enfermeria teve a sua prisão preventiva convertida em domiciliar por decisão da juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Contra o Crime Organizado.
A magistrada atendeu pedido da defesa que alegou o fato da enfermeira ter duas filhas menores de idade, além da sua mãe com mais de 70 anos e enferma que dependem totalmente de sua autuação como cuidadora.