Cidades

Enem foi o mais difícil da história? Veja opinião de professores

Dez horas de provas depois, candidatos reclamam que a edição de 2015 do Enem, aplicada neste fim de semana, foi a mais difícil da história do exame. Ladainha dos alunos ou exame endureceu mesmo neste ano? Cobrou mais conteúdo e menos interpretação?

Veja se coordenadores e professores de cursinhos para saber se eles concordam ou não com essa afirmação.

'Sim, em ciências da natureza'

As questões de ciências da natureza estavam muito conteudistas, e não seguiu o padrão do Enem, diz Tony Manzi, professor de biologia, coordenador do Cursinho Maximize, em São Paulo.

“Pareciam as provas dos vestibulares aqui de São Paulo, principalmente em química, que assustou. A gente brinca que tiveram as questões fáceis, medianas, difíceis, e as de química.”

Manzi diz que matemática também cobrou muito conteúdo e estava difícil, mas linguagens e humanas seguiu os padrões dos anos passados.

'No geral, sim'

Até sábado não se podia afirmar que se tratava do Enem mais difícil da história, porém, as coisas mudaram no domingo, afirma Marcelo Dias Carvalho, professor de matemática e coordenador geral do Etapa.

"Linguagens veio com enunciados grandes e matemática exigiu muita conta. Foi uma prova muito exigente e o candidato não teve tempo de terminar a prova toda, também por conta da redação. Não dava para gastar, em média, 3 minutos em cada questão." Para Carvalho, no geral, sim, o Enem teve um grau de complexidade maior.

'Sim, sem dúvida, em fisica'

O professor de física do Colégio e Curso PH Francisco Schueller diz que, considerando sua área de concentração, 2015 teve o Enem mais difícil dos últimos anos. A justificativa apontada por Schueller é que as perguntas teriam sido mais conteudistas.

“Algumas exigiam que o aluno trabalhasse com mais de um conceito, como a do estilingue. O candidato precisaria saber sobre conservação de energia mecânica e expressão de alcance, para então conseguir achar a fórmula geral e determinar a razão pedida”, diz.

Ele também afirma que a questão sobre interferência de películas delgadas (na prova amarela, a pergunta 46) abordava um tema que raramente é abordado em salas de aula de ensino médio comum. “Em geral, tratamos do assunto só em preparação para escolas militares, como o ITA”, explica.

'Sim, prova exigiu mais dos candidatos'

A prova de domingo teve uma exigência maior, na opinião da professora de geografia e coordenadora do Objetivo, Vera Lucia da Costa Antunes. Ela conta que alunos bons saíram do Enem sem concluir a prova de matemática.

"A prova teve uma dificuldade maior, houve uma evolução no exame desde 98, acho natural. O Enem tem um papel importante e não pode ser uma prova qualquer." Para Vera, as questões de física e química também estavam difíceis. Além disso, a prova cobrou competência em leitura, já que trazia enunciados longos. "Teve exigência de leitura e necessidade de relacionar o conhecimento."

'Em física, na minha opinião, não!'

Para o professor Fabrício Cortezi, coordenador de sistema de ensino do Colégio e Curso PH, que atua na área de física, não houve elevação no grau de dificuldade das questões da disciplina. “Como no ano passado, a prova respeitou a matriz do Enem, foi muito justa. Não foi desonesta no que pediu aos candidatos”, afirma.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.