O levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), mostra um leve aumento em novembro sobre o mês anterior, de 0,27%, atingindo 74,5% das famílias em Cuiabá. No comparativo com o mesmo mês do ano anterior, observou-se um aumento de 3,47% no número de famílias endividadas, quando computava 72%.
Já com relação à inadimplência, ou seja, quando o consumidor não consegue honrar suas dívidas, também se observou um recuo tanto na variação mensal quanto anual na pesquisa, de 0,6 ponto percentual de outubro para novembro (29%) e 3,1 p.p. sobre novembro do ano passado, quando atingia 33,1% das famílias em Cuiabá.
Segundo análise do IPF-MT, os que ganham mais de 10 salários-mínimos ainda são os mais endividados e os que ganham menos de 10 s.m. estão encontrando maiores dificuldades em pagar as contas. O número de endividados com contas em atraso saiu de 66.445 em novembro de 2021 para 59.009 famílias em novembro de 2022, variando -11,19%, o que representa a quitação de dívidas por parte de 7.436 famílias cuiabanas nesse período.
Sobre os principais tipos de dívidas, o cartão de crédito (75,8%) e os carnês (38%) lideram, porém, se mostram em queda na comparação com o mês anterior, com diminuição de 0,79% e 1,30%, respectivamente.
Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, o aumento no consumo a prazo – o que provoca o endividamento – pode estar ligado à boa condição das famílias pagarem as contas. “Desde o início do ano, o índice se mostra em crescimento, uma vez que se observou consecutivas quedas no percentual de famílias com contas em atraso. Tal efeito será benéfico para um aumento no consumo neste fim de ano”.