Empresários e representantes do comércio de Cuiabá cobraram a empresa CS Mobi, responsável pela concessão, para fazer ajustes com o objetivo de melhorar a operação do estacionamento rotativo na região central. O pedido foi feito durante reunião na última segunda-feira (29), em encontro realizado na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá).
Entre itens apontados está a ampliação da comunicação de massa sobre o funcionamento do aplicativo para lojistas e clientes que circulam pela região central, assim como a instalação de mais pontos de vendas. A reunião foi intermediada pelo presidente da CDL Cuiabá, Junior Macagnam, que solicitou urgência nas adaptações do sistema.
“Todas as nossas decisões são baseadas em pesquisas, em fatos, dados, e em todos os lugares que nós pesquisamos, o estacionamento rotativo fez com que o movimento no centro- as vendas no comércio aumentassem, por isso, esse posicionamento nosso de ser favorável. No entanto, ouvimos todos os lados e estamos buscando o consenso para resolver os problemas que surgiram durante a implementação”, explicou Junior Macagnam.
Em vigor há pouco mais de dois meses, o Estacionamento Rotativo visa garantir uma operação mais moderna e eficaz, além de aprimorar a mobilidade urbana do município. As demandas também foram apresentadas para a Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec).
“Nosso objetivo hoje foi ver como foram esses primeiros meses de funcionamento do rotativo, o que tem acerto, o que tem de falha e o que pode melhorar. O objetivo de todo mundo é prestar um bom serviço para a sociedade e para a população cuiabana”, afirmou o diretor presidente da Arsec, Vanderlúcio Rodrigues.
Durante a reunião, a CSMobi apresentou o cronograma do projeto do novo Mercado Municipal Miguel Sutil. A previsão de início das obras é junho de 2024 e a conclusão maio de 2025. O canteiro de obras já foi montado.
Gerente Geral de Operação do Consórcio CS Mobi Cuiabá, Kenon Mendes, explicou que assim como em demais regiões do país, o formato está em processo de adaptação, mas que os ajustes devem ser analisados e colocados em prática.
“Estamos nos meses iniciais, mas essa curva de adesão está dentro do esperado. A expectativa é que ao final de oito meses o projeto atinja a plenitude. O nosso projeto surgiu para atrair pessoas para a região central, e para atrair, tem que ter onde estacionar. Cada cidade tem sua demanda, e em Cuiabá estamos ajustando. Viemos hoje ouvir os lojistas e ajustar os ponteiros em tempo real – nós e a população. Nosso carro chefe da operação é aplicativo Digipare. Atualmente, nossas transações estão em torno de 80 % pelo aplicativo”, pontuou Kenon Mendes.
O Lojista Roberto Peron destacou que apesar da necessidade de melhorias no sistema, o Estacionamento Rotativo não atrapalhou o funcionamento do comércio.
“Saio dessa reunião animado, principalmente com relação a apresentação da empresa quanto a construção do Mercado Municipal. É importante que o projeto saia do papel. Eu acredito que movimento requalificou, pois havia muita gente na rua, mas agora as pessoas que circulam são as que querem fazer compras em determinada loja e isso é benéfico para os lojistas”, disse.
Estacionamento Rotativo
O sistema é operado por meio de uma Parceria Público Privada com a Prefeitura de Cuiabá. A PPP investirá cerca de R$ 130 milhões no projeto que engloba também a construção e operação do novo Mercado Municipal Miguel Sutil; a requalificação das vias locais; a modernização do mobiliário urbano.
Há 100 parquímetros instalados em Cuiabá. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 07h às 19h, e aos sábados, das 07h às 13h. O estacionamento tem tolerância para os primeiros 10 minutos, para que o usuário possa fazer a ativação do pagamento por meio do Aplicativo Digipare. O tempo máximo para permanência nas vagas é de 4 horas, depois disso, o usuário terá que deixar a vaga livre, dentro do compromisso de rotatividade de vagas.
Os usuários com Deficiência (PCD) não pagam, no entanto, devem realizar o cadastro de isenção na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). Os mototaxistas (entregadores), dentro dos 10 minutos de tolerância, não pagam.