Um empresário foi preso nessa quarta-feira (1°) suspeito de estupro e assédio sexual contra funcionárias que trabalhavam para ele em um bar, em Juína, a 737 km de Cuiabá. O suspeito começou a ser investigado depois de inúmeras denúncias contra ele, e teve o mandado de prisão preventiva deferido pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Juína.
Segundo a Polícia Civil, uma das vítimas, de 18 anos, contou que estava fazendo a limpeza do bar e que, após o expediente, o dono do local trancou o estabelecimento, aumentou o som da música e lhe ofereceu bebida alcoólica, o que ela recusou. O investigado, então, teria a agarrado à força, tirado as roupas dela e cometido o estupro. Após o fato, a vítima conseguiu se fugir do bar e foi para casa.
Assim que a vítima procurou a Delegacia de Juína, no dia seguinte ao ocorrido, ela foi ouvida e a equipe policial realizou diligências para localizar o empresário, que foi conduzido à unidade. Ele foi interrogado, mas permaneceu em silêncio e depois foi liberado, uma vez que não estava mais em período de flagrante.
Durante a investigação, a polícia teve acesso às mensagens que o empresário mandou à vítima com ofertas de trabalho e dinheiro. Ele ainda tentava comover a vítima, dizendo que tem família e para ela não levar adiante a denúncia à polícia.
Outras vítimas
Outras vítimas procuraram a delegacia para relatar situações de assédio e importunação praticadas pelo investigado. Uma delas, que também trabalhou como diarista no bar do empresário, disse que era constantemente importunada e assediada, sofrendo investidas constrangedoras do investigado, que lhe tocava o corpo sem sua autorização.
Uma das mulheres que denunciou o empresário também relatou as importunações e assédio sofridos durante o período em que prestou serviços para o suspeito. Ela contou ainda em depoimento que o empresário tem uma arma de fogo, e fez ameaças indiretas em certa ocasião, dizendo que ‘a arma era para quem falasse demais’, o que a deixou amedrontada em comentar sobre o que havia ocorrido.
Uma quarta vítima narrou que, apesar de não ter prestado serviços para o investigado, ela foi ao bar com seu namorado, que prestava serviços ocasionais no local, e foi assediada várias vezes pelo suspeito, inclusive, a importunou sexualmente, acariciando as nádegas. Essa vítima relatou que ameaças indiretas feitas por Reginaldo sempre mencionando possuir uma arma de fogo.
Ainda de acordo com a polícia, outras quatro mulheres foram ouvidas na Delegacia de Juína e todas relataram situações de assédio e importunação sexual. Um delas, menor de idade, além da importunação, contou que o investigado fornece bebida alcoólica a menores.