Polícia Federal confirmou que Marcos da Silva Scaranaro, 51 anos e Igor Chaves Jorge, que completa 32 anos nesta terça-feira (6), são os dois presos em Cuiabá durante diligenciais da Operação Overlord, deflagrada pela PF de Campinas (SP), para combater o tráfico internacional de drogas.
Apesar da confirmação da identidade dos presos, ainda não foi divulgado qual era a participação deles no esquema envolvendo o tráfico de cocaína por meio do Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Marcos foi preso no condomínio Chapada Diamantina, no Dom Aquino. Ele era sócio em uma paleteria mexicana.
Já Igor foi preso no Villaggio de Bonifácia, na avenida Miguel Sutil, próximo do Parque Mãe Bonifácia. Ele é filho de um fazendeiro da Capital. Foi informado que eles foram encaminhados para a sede da PF e, em seguida, levados para o presídio do Capão Grande, em VG.
A operação
Deflagrada em Campinas, a PF esteve no Aeroporto de Viracopos, usado no esquema do tráfico. Duas pessoas morreram em um conflito com os agentes em bairros da cidade durante o cumprimento das ordens judiciais.
São 79 mandados, sendo 44 de busca e apreensão e 35 de prisão temporária – desses, 33 homens são homens e duas mulheres. Além de São Paulo e Mato Grosso, os agentes atuaram nos estados do Amazonas e Rio Grande do Norte.
A operação é fruto da apreensão de 58 kg de cocaína na área restrita de segurança do terminal em fevereiro de 2019. A quadrilha está envolvida com o tráfico de cocaína exportada para a Europa.
Esquema
Conforme a PF, a quadrilha e composta por brasileiros, que são fornecedores da cocaína e financiadores do esquema. Também foram identificados os responsáveis pelo aliciamento de funcionários do aeroporto, que são empregados e ex-empregados de empresas que prestam serviços na área restrita de segurança do Viracopos.
Entre os funcionários, estão vigilantes, operadores de tratores, coordenadores de tráfego, motoristas de viatuas, auxiliares de rampa, operadores de equipamentos e funcinários de empresas de refeição, além de tripulantes e passageiros. Um policial Civil e outro Militar estão entre os membros da quadrilha.
Foi determinado ainda o bloqueio de bens e apreenção de imóveis, carros, contas bancárias e empresas. Desde que as investigações começaram, já foram apreendiso 250 kg de cocaína pertencentes ao grupo.