Fotos: Valquíria Castil e José Carlos Figueiredo
Com Sandra Carvalho
O empresário Edson Vieira dos Santos e sua assessoria jurídica apresentam neste momento documentos que comprovariam que ele teria sido vítima do ex-vereador João Emanuel em golpes de estelionato em Mato Grosso e que estão sendo investigados na Operação Castelo de Areia. Os advogados Fabiane Mattos limoeiro e e Diogo de Oliveira relatam que o empresário está sendo ameaçado por agiotas e que estes, inclusive, já tomaram parte dos seus bens.
Edson Vieira dos Santos conta que no dia 10 de dezembro de 2015 foi procurado em seu escritório por João Emanuel que teria se apresentando como presidente do Grupo Soy Grupo.
"Ele disse que, como presidente, teria viajado par outros países e conseguido trazer para cá um banco de fora", relata.
O projeto se tratava de um empreendimento na Amazônia com área de 6.900 hectares. E para participar, o ex-vereador teria proposto uma parceria em que receberia 5% de participação de lucro e que seria investido por consultoria de Rondonópolis.
"Ele leu e releu o contrato e, finalizando, perguntou se eu havia entendido. Eu disse que havia entendi em partes e que achava que a reunião seria para tratar de assuntos sobre o setor da construção, que é o meu ramo, mas prossiga", teria dito ao ex-vereador.
Então, João Emanuel teria informado ao empresário que para ara participar do contrato eu teria que ceder 40 folhas de cheques e teria garantias no contrato de que os cheques, por exemplo, não seriam compensados antes do prazo.
O empresário, que é técnico em edificações, afirmou que acabou assinando o contrato e que, quando descobriu que se tratava de um golpe, teria procurado desesperado e sozinho o Grupo Soy e que aí começaram os encontros com o Walter Magalhães.
Edson Vieira alega recebeu diversas "ameaças veladas" pelo telefone antes mesmo do rompimento de João Emanuel com o Grupo Soy.
O empresário também conta que depois que "caiu no golpe" é que descobriu que o Grupo Soy não teria nenhum negócio consolidado em Mato Grosso. Alegou que não teve a curiosidade de procurar sabem quem era João Emanuel e tampouco o grupo. Disse que já foi muito humilhado pelo Walter Magalhães nas vezes que tentou reaver o dinheiro pedido. E que sua empresa é de pequeno porte.
"Eu não fui ingênio e nem ganancioso. Usei a visão do meu trabalho, acreditei na pessoa que apareceu no meu escritório, acreditei nos direitos e deveres do contrato. Conheci o pai dele, o dr. Lázaro, e acreditei neles, que o contrato poderia bancar os meus projetos", afirma o empresário.
Disse também que está abalado e que jogou 20 anos de trabalho no chão e não acreditar que João Emanuel e sua família estejam passando fome, porque o pai dele, Lázaro Lima, é juiz aposentado e recebe salário condizente.
Mais informações em instantes.