Foto: Lenine Martins / Gcom MT
Um final malsucedido para os funcionários da empresa Plant Vida, que trabalhavam na Superintendência de Assistência Farmacêutica (SAF), da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT).
A empresa deixou de realizar repasses de pagamento referente aos meses de março, abril e maio, sendo que os atrasos de março e abril faziam parte do contrato, já durante o mês de abril os trabalhadores realizaram suas atividades para a SES sem qualquer tipo de contrato ou vínculo com qualquer empresa, tendo sido impelidos por uma promessa feita pela superintendente de Assistência Farmacêutica, Juliana de Almeida, de que receberiam o pagamento e que teriam seus contratos renovados.
“Ela nos pediu para não entrar em greve para a população não ficar sem medicamentos e assinou um termo de responsabilidade sobre os dias que iríamos trabalhar sem contrato”, disse um dos trabalhadores que passa pela situação, mas prefere não se identificar com medo de represálias.
Segundo ele, a secretária adjunta Gestão Estratégica, Margarete Gomes Chaves, tem prometido dar uma resposta sobre a situação no começo do imbróglio, mas atualmente ela tem ignorado os servidores. Ele disse ainda que, em contato com a Procuradoria, um pessoa de nome Rodrigo, que seria o responsável por encaminhar os processos, disse que esse processo havia sido indeferido e teria voltado para a SES.
A empresa Plant Vida presta serviço de terceirização à Fundação de Apoio ao Ensino Superior de Mato Grosso (Faesp), que é ligada a SES. Os servidores estão se sentindo negligenciados, pois não sabem mais de quem cobrar ou como resolver a situação, que se arrasta há meses.
“Eles jogam para a Faesp, que diz que a responsabilidade é da SES, que por sua vez diz que é da Plant Vida”, diz outro terceirizado, que também prefere manter sigilo sobre seu nome. Ela diz que já cobrou um parecer da PGE e do dono da empresa Plant Vida, Luiz Fernando Alves dos Santos, mas não conseguiu nada até agora. “Eles disseram que dariam uma resposta uma semana atrás sobre o pagamento e até agora nada. O problema maior é que com toda essa situação não conseguimos nem sequer dar baixa na carteira de trabalho”, disse a mesma fonte.
Uma terceira funcionária está com um problema ainda maior, pois ela está de licença-maternidade e disse estar passando por sérias dificuldades sem poder receber. “Estou de licença maternidade, sem condições para trabalhar, com três crianças e um bebê, que nasceu em abril e não tenho de onde tirar”, conta.
Ela disse já ter cobrado muitas vezes o responsável pela Plant Vida e a resposta seria que a empresa está sem recursos e passando por dificuldades financeiras.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde admitiu que os funcionários trabalharam sem contrato e que estão com vários meses em atraso, mas disse que situação deverá ser regularizada esta semana e que estão no aguardo da homologação da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Confira a nota na íntegra:
Sobre a falta de pagamento dos ex-funcionários da Superintendência de Assistência Farmacêutica (SAF), a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) informa que o convênio foi realizado com a Fundação de Apoio ao Ensino Superior de Mato Grosso (Faesp), que terceirizou o serviço com a empresa Plant Vida, responsável pela contratação dos funcionários. Esclarece ainda que já realizou todos os repasses referentes ao convênio, encerrado no mês abril.
Os funcionários da Plant Vida trabalharam ainda os meses de abril e maio na Farmácia, mesmo tendo encerrado o contrato. Com isso, o processo agora se encontra na Procuradoria Geral do Estado (PGE). Portanto, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) aguarda o parecer da PGE que deve ser homologado ainda essa semana.