Esta semana, excepcionalmente, não falaremos sobre o dia a dia de empreender. Mas sim, falaremos sobre algo que tem tudo a ver com empreender: “Qualidade de Vida”. Quem empreende, além de ter no sangue o espírito aventureiro, também tem um desejo intrínseco – SEGURANÇA E MAIOR QUALIDADE DE VIDA. Aposta no presente para ter uma “poupança”, uma segurança no futuro.
E, como todo novo empreendimento, exige muito fosfato, concentração, privação e provação. As variáveis para empreender são muitas, quase sempre sem o poder de influência do empreendedor. Ou seja, você apesar de ter planejado, depende de onde o vento soprar, da boa vontade de seus parceiros, do posicionamento dos “Stakeholders” – os outros envolvidos no processo.
Quando você passa a ter controle do maior número das variáveis, indica que é o momento que seu empreendimento está começando a dar retorno.
Uma das variáveis que eu enfrento no momento é que meu novo empreendimento é bem longe de Cuiabá. E agora? Minha filha, meus amigos, estão todos em Cuiabá. Ficarei à espera de uma nova oportunidade ou, respirarei fundo, analisarei os pós e contras, e partirei para uma nova aventura? Permitam-me ser brega: Amor não tem distância, ainda mais com tempos de “Facetime”, “Hangout”, “WhatsApp”. Só não Pokémon Go porque passei da idade.
Ponderei tudo, fiz um “Mapa Mental”, um “Swot Analisys” e deixei meu espírito voar. Vim para o Paraná. Para sempre? Acredito que nada é para sempre. É para um empreendimento queå pode ou não dar certo, como todo empreendimento, mas que desde o instante zero me convenceu que tenho que encarar e desenvolver. Criar, nutrir, fazer crescer. Isso me torna menos pai de minha filha de 15 anos?
De maneira alguma. Quem acompanha meu twitter @jreliasbr sabe que, desculpem a falsa modéstia, sou um pai absolutamente presente na vida e na criação do amor da minha vida.
Empreender não é só alegria. É lágrimas de saudades, angústia de querer abraçar quando os hormônios da adolescência enfervecem e tudo o que pode ser, seja presencialmente ou à distância, é um ombro amigo.
O desespero da chegada do dia dos pais foi recompensado. Ela veio me ver e passamos 4 dias maravilhosos juntos. Sabem o que fizemos? Livro na cara, deitados no sofá – cada um de um lado – embaixo do cobertor como dois cúmplices. E conversamos muito, aprendemos ainda mais um do outro.
Empreender não é só negócios. É vida pessoal.