O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) esteve na manhã desta sexta-feira (06) na Câmara de Vereadores de Cuiabá e afirmou que a demissão em massa dos servidores não era uma coisa a se “prever”. Ele usou o “início de sua gestão” como justificativa e alegou que na época em que assumiu havia outras prioridades em seu governo ao invés da suplementação.
“Eu não fiz a suplementação porque estava no começo do ano, meu primeiro ano. Eu estava querendo segurar o caixa do município, equilibrar as receitas e despesas. A Câmara tem orçamento até outubro, eu não tinha como me antecipar desse problema de técnica e inclusive de gestão”, revelou Pinheiro.
De acordo com o presidente da Câmara, Justino Malheiros (PV), o orçamento está completamente defasado, sendo necessária a realização de novas adequações para que o caixa de agosto não seja zerado. Todavia, salienta que a solução encontrada foi optar pelo enxugamento 460 cargos comissionados, tendo em vista que a suplementação também foi suspensa pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), após delação tentativa fracassada de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Na ocasião, os conselheiros levaram em consideração o aparecimento de Emanuel em imagens vazadas na delação de Silval (PMDB). O gestor parece colocando em seu paletó maços generosos de dinheiro, que supostamente seriam frutos de esquema de recebimento de “propina”.
Se não vier essa suplementação para a Câmara teremos que tomar essa medida, é única alternativa para reequilibrar o orçamento. E estou muito propenso a tomar essa medida hoje, a não ser que seja muito convencido pela equipe técnica da Câmara de que é possível segurar a decisão para a próxima semana”, explica Malheiros.
Ainda conforme Emanuel, ele foi convidado para ir até a Casa discutir com os parlamentares, uma vez que passará a agir com o assunto com “maturidade”.
“Agora que iria imaginar que aconteceria esse problema de gestão? O fato é que temos que ter maturidade e de modo transparente resolver essa questão”, assegurou.
Em segunda decisão, a Câmara adiou para segunda-feira (09) se vai ou não realizar a dispensa de 460 funcionários, haja vista que o novo corte afetará 90% dos setores contratados.
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