O candidato à prefeitura de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB) negou novamente ter compromisso com a CAB Cuiabá, empresa responsável pela distribuição de água e saneamento da Capital. No entanto, o peemedebista não descartou a possibilidade de uma prorrogação de cinco meses no contrato caso o atual Prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSD), não o faça. Ele fez essas declarações em uma coletiva no comitê do partido, nesta tarde de sexta-feira (14).
A questão do compromisso com a concessionária de água e esgoto seria por conta do financiamento da campanha do candidato. Pinheiro esclareceu que quem contribui publicamente a sua campanha é o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). “O PTB é o partido que nos apoia, que tem o vice-prefeito, filiado a este partido, que está com o PP e o PMDB, que são os partidos que mais contribuíram com a nossa candidatura”, explicou Emanuel.
Quanto à permanência da CAB Cuiabá como empresa terceirizada na Capital, o peemedebista tornou a afirmar que não há compromisso com a concessionária, mas disse que irá prorrogar o contrato de intervenção, que vence no dia 2 de novembro, isso se Mauro Mendes decidir o contrário.
“Eu vou prorrogar por mais cinco meses, que é o prazo contratual da intervenção. Vamos fazer uma auditoria junto com a Câmara Municipal e com a sociedade, para saber qual será o caminho a seguir”, relatou o candidato.
Ele criticou a CAB e a operação Pacenas dizendo que foi a causa do retrocesso das condições de saneamento na Capital. “Graças a CAB e operação Pacenas estamos no retrocesso. A população paga o pato de ter apenas 35% de rede de esgoto tratada na nossa Capital. Isso é um crime, e não pode haver perdão para esse tipo de falha para população, não pode haver perdão com a Cab e nem com aqueles que foram responsáveis também da Operação Pacenas”, condenou Emanuel Pinheiro.
A operação
A operação Pacenas (Sanecap escrito ao contrário) foi deflagrada em agosto de 2010 e culminou na prisão de 11 pessoas, incluindo empreiteiros, advogados, membros de comissões de licitação e do procurador geral do município à época.
Na época da operação o também candidato a prefeitura de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), era o prefeito. A ação investigava fraudes nos processos licitatórios relacionadas ao saneamento básico de Cuiabá e Várzea Grande, pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que tinham o investimento de R$ 200 milhões.
