Política

Emanuel diz que cobrará fiscalização de escala de médicos

Foto Willian Matos

O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) afirmou que irá cobrar o cumprimento do quadro de atendimentos médicos em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em Cuiabá.

Além disso, Emanuel também garantiu que irá exigir a fiscalização pelas entidades representativas dos profissionais e por gestores públicos ligados à área.

A declaração foi feita em entrevista, nesta sexta-feira (10), após reunião com o presidente do Tribunal de Contas Estadual (TCE-MT), Antônio Joaquim.

“Se me perguntarem se colocaria um familiar no SUS, minha resposta será não. Eu não colocaria, porque o atendimento é péssimo. Eu sei disso e vou colocar o dedo na ferida para melhorar os atendimentos da saúde pública. Assim como quero me preocupar com meus familiares por causa das péssimas condições de hospitais, também não quero que a população cuiabana se preocupe”, disse.

Nesta sexta-feira, o gestor se reuniu com o presidente da Côrte de Contas, que elabourou uma relatório sobre a situação da Saúde Pública na região.

Uma auditoria realizada no ano passado pelo TCE, em unidades de saúde, apontou que mais da metade dos médicos na rede pública de saúde não cumpre seus horários de atendimentos e as áreas de atenção básica são as mais afetadas. Em 51% das inspeções realizadas não havia médico disponível nos postos de saúde em Cuiabá. Duas unidades foram visitadas em dias e horários diferentes e em nenhum momento foi encontrado o médico escalado para o plantão.

Diante dos apontamentos, Emanuel afirmou que irá elaborar um plano de ação para definir as medidas a serem tomadas para melhorar a rede pública de saúde. O Pronto-Socorro e o hospital São Benedito, especializado em atendimento de média e alta complexidade, deverão ser os focos dos trabalhos.

Ele acrescentou que estuda criar um aplicativo, com base em um software elaborado pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para a população realizar denúncias, tanto a respeito de médicos faltosos quanto sobre outros serviços públicos. 

Segundo o TCE, foi inspecionada a disponibilidade de médicos lotados na atenção básica, policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Foram visitadas 47 unidades de atenção básica (Centros de saúde, Unidade de Saúde da Família e Unidade Básica de Saúde) em 54 visitas, entre 8h e 11h e entre 14h e 17h. Na atenção secundária foram inspecionadas quatro policlínicas e duas UPAs. As policlínicas do Planalto e Verdão e UPA Morada do Ouro foram visitadas no período noturno.

Com Reinaldo Fernandes 

Felipe Leonel

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