A comitiva presidencial deve viajar neste domingo para participar da missa que vai inaugurar o pontificado do papa Francisco, na próxima terça-feira.
O encontro foi informado mais cedo pela Folha, na coluna Painel. Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o Vaticano disse que o pontífice fez questão de ter "um momento" com Dilma.
"O formato [do encontro] ainda não sei exatamente, mas é um momento em que ela terá a possibilidade de saudá-lo em nome do povo brasileiro, pessoalmente, e naturalmente renovar o convite", disse Carvalho, em referência à Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho no Rio.
O convite, disse o ministro, foi feito por Dom Giovanni D'Aniello, atual núncio apostólico no Brasil. Carvalho disse ainda que a programação do papa no Rio pode ser alterada com a troca de comando da Igreja Católica.
"Como a programação anterior, do papa Bento, era uma programação para uma pessoa mais idosa, com menos atividades, pode ser que se ampliem as atividades dele [papa Francisco] no Brasil", disse o ministro antes de evento em Brasília. O papa Bento XVI tem 85 anos; o papa argentino tem 76 anos.
O ministro disse ainda que o governo brasileiro ficou feliz com a escolha do religioso argentino. "É uma satisfação muito grande nossa, pelos primeiros movimentos do papa, no sentido da simplicidade com que ele está trabalhando, a informalidade, e na questão social."
VISITA
A ida a Roma foi anunciada pelo Palácio do Planalto na quinta (14). Poucas horas após o anúncio do novo papa, na quarta (13), a Presidência da República emitiu nota parabenizando Bergoglio e a população argentina pela escolha do primeiro papa latino-americano.
"É com expectativa que os fiéis aguardam a vinda do papa ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude, em julho", disse Dilma.
Conforme informou o Painel de quinta (14), Dilma vê a escolha do cardeal Jorge Bergoglio como uma maneira de reaproximar o governo brasileiro da Igreja Católica, após embates com a CNBB e uma declaração do papa anterior instando os bispos a fazerem "luta política" contra o aborto, na campanha de 2010.
Fonte: Folha de São Paulo