Internacional

Em via-crúcis, papa Francisco pede convivência entre cristãos e islâmicos


“Nesta noite, deve permanecer só uma palavra, que é a própria cruz. Ela é a palavra com a qual Deus respondeu ao mal do mundo. Às vezes, parece que Deus não responde ao mal, que fica em silêncio. Mas, na verdade, Deus falou, respondeu, e a sua resposta é a cruz de Cristo: uma palavra que é amor, misericórdia, perdão”.

Em outro ponto do discurso, ele agradeceu a presença das delegações dos países para participar da cerimônia e, em referência ao grupo vindo do Líbano, destacou a
convivência entre cristãos e muçulmanos no país árabe, que tem um dos maiores números de católicos do Oriente Médio.

“Vimos a beleza e a força da união dos cristãos e a amizade de tantos irmãos muçulmanos e muitos outros. É um símbolo de esperança para o Oriente Médio e para o mundo inteiro”, afirmou.

Ele ainda disse que a cruz é uma resposta aos cristãos ao mal. “Os cristãos devem responder ao mal com o bem, pegando para si a cruz, como Jesus. Agora continuemos essa via-sacra de todos os dias, caminhando juntos na via da cruz, caminhando e levando no coração essa palavra de amor de perdão”.

A cerimônia foi a segunda atividade de Francisco no dia. Durante a manhã, o papa fez a missa da Paixão de Cristo e, seguindo a tradição, o pontífice se deitou ao rezar
ante a cruz. Na quinta, ele celebrou a missa crismal e a do lava-pés, em que lavou, secou e beijou os pés de 12 jovens de um centro de detenção para adolescentes.

VIA-CRÚCIS

A via-crúcis reproduz as 14 estações da morte de Jesus Cristo e é feita no Coliseu romano desde 1741. O papa a preside da colina do Palatino, onde termina o rito e
começa o discurso do papa. As meditações das estações deste ano foram escritas por jovens libaneses, a pedido de Bento 16.

As mensagens lidas nas estações associam as passagens da morte de Jesus às injustiças dos governantes e à intolerância religiosa. Também foi pedida liberdade religiosa à população do mundo, em especial nos países do Oriente Médio.

A cruz é carregada por religiosos e jovens selecionados pelo Vaticano. Além dos Líbano, foram representados Itália, Índia, China, Nigéria, Síria e o Brasil, com a
presença de dois jovens como a representação da Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho no Rio.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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