Emanuel Pinheiro (MDB), que ocupa cargos eletivos desde 2010, encerrará seu mandato como prefeito de Cuiabá com um patrimônio consideravelmente maior do que o declarado ao iniciar sua trajetória. Em sua última declaração à Justiça Eleitoral, ao ser reeleito em 2020, Pinheiro afirmou possuir R$ 2,974 milhões em bens, comparados aos R$ 1,357 milhão declarados em 2016. Entre os ativos, estão um apartamento avaliado em R$ 1,6 milhão e uma casa de R$ 730 mil, além de salas comerciais e saldos bancários.
A trajetória política de Emanuel é extensa, marcada por mandatos como deputado estadual e prefeito. No entanto, seu patrimônio atrai questionamentos pela expressiva valorização, que totaliza um aumento de 170% em relação ao montante declarado em 2014, quando possuía R$ 1,1 milhão. Durante sua administração, Pinheiro acumulou bens significativos, destacando-se imóveis de alto valor em bairros nobres de Cuiabá.
Emanuel Pinheiro se despede da vida pública a partir de 1° de janeiro, com planos de se dedicar inicialmente à advocacia. Mesmo fora do mandato, ele pretende manter influência política local como membro ativo do MDB em Cuiabá. A primeira eleição de Pinheiro foi em 1988, como vereador, e ele seguiu com sucessivos cargos até a Prefeitura. Em 2017, seu nome foi envolvido em escândalos de corrupção em uma delação do ex-governador Silval Barbosa, o que afetou sua imagem pública.
Apesar do desgaste, Pinheiro foi reeleito em 2020, vencendo por pequena margem. Agora, sem mandato, ele encerra um ciclo polêmico e próspero em bens e influencia as direções futuras do partido na capital.