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Em GO, mães dormem no chão de hospital à espera de UTI para filhos

 
Vanessa conta que o seu bebê foi diagnosticado com pneumonia e está no berçário de autorrisco enquanto não consegue um leito especial. Ela afirma que uma enfermeira a orientou a procurar o Ministério Público Estadual (MP-GO) para denunciar a situação. No entanto, ela espera uma solução do hospital.
 
Na mesma situação de Vanessa está Paula Moreira, que aguarda há 21 dias uma UTI para filha de seis anos, Vitória de Deus. A menina, que tem hidrocefalia, também foi diagnosticada com pneumonia. “Ela está recebendo os cuidados, mas não está havendo melhora. A única coisa que eles sabem falar é que não tem vaga disponível. Cheguei aqui no dia 8 e estou até hoje com minha filha aqui na enfermaria”, relatou Vanessa.
 
A dona de casa Deliane Rodrigues conta que o filho de seis meses, Diogo Henrique, espera há dois dias para ser transferido para uma UTI. Segundo a mãe, a médica disse que a criança precisa ir para o leito especial. “A médica falou que ele tem que ir, ele está respirando com balão de oxigênio”, relatou.
 
O diretor do HMI, Ivan Isaac, afirma que a oferta de vagas é limitada e não é suficiente para atender à demanda, pois a unidade dispõe de oito leitos de UTI Neonatal e 10 de UTI Pediátrica, sempre trabalhando em lotação máxima. O hospital esclarece, ainda, que quando recebe um paciente que necessita de um tratamento intensivo pede o leito especial à Central de Regulação de Vagas de Goiânia, órgão responsável pela liberação e encaminhamento de todas as vagas de internação.
 
“Já foi solicitado para essas crianças uma vaga de UTI fora do Materno Infantil. Elas são atendidas na nossa sala, muito bem atendidas e cuidadas. A saída daqui depende de vaga fora Materno Infantil porque aqui não cabe”, justificou o diretor.
 
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o pedido de vaga para Diogo foi liberado no domingo, mas o paciente não estaria mais no Materno Infantil e, por isso, a vaga dele foi excluída do sistema. Deliane nega que tenha saído da unidade de saúde, como alegou o órgão.
 
Sobre Vitória e Gabriel, a SMS afirma que estão na lista de prioridades, mas continuavam à espera de vagas até a manhã desta segunda-feira (30).
 
G1

Redação

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