Pré-candidato à Presidência da República, o senador Álvaro Dias (Podemos) esteve em Cuiabá nesta sexta-feira (18) para reunião com o setor do agronegócio na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e reconheceu que a falta de infraestrutura, principalmente no que tange às rodovias, atrapalha o setor.
Em coletiva de imprensa, Dias destacou a falta de investimento para duplicação de rodovias e manutenção das vias, que representam, segundo ele, ao menos 30% do custo de produção do agronegócio.
“Nossas rodovias são insuficientes, mal conservadas, não pavimentadas, não duplicadas. Isso se exige um grande investimento e isso, nos últimos anos, foi escasso. Os investimentos se deram em benefício da conta bancária dos banqueiros nacionais”, observou.
Na ocasião, o senador já garantiu que, sendo eleito presidente, dará uma atenção especial à questão de infraestrutura e logística, com foco nos estados produtores, aos quais já garantiu grandes investimentos. “Temos que focar onde está o celeiro do país”, avaliou.
Também, Álvaro Dias defendeu a utilização de outros recursos para auxiliar no escoamento da safra. “Se nós queremos desenvolvimento e nos valer dessa oportunidade preciosa e que o mundo nos cobra, uma produção maior, já que temos mais 40% de área agrícola ainda disponível e não explorada, nós temos que investir em infraestrutura rodoviária, ferroviária e hidroviária.
Outra questão apontada pelo presidenciável foi o preço dos combustíveis, que a todo momento sofre aumento. Conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP), em Mato Grosso, o preço médio da gasolina é de R$4,10, enquanto do Etanol fica a R$3,01 e do Diesel a 3,87.
O senador destacou os constantes protestos da classe de caminhoneiros, que se revoltam com o preço pago nas estradas, além, é claro, das condições das vias. Em Cuiabá, Dias garantiu que deverá revogar o decreto, assinado pela Presidência, que permite a alteração sucessiva de preço por parte da Petrobras.
“Não pode ser uma prerrogativa dentro da Petrobras o aumento no preço de combustíveis. Isso tem que passar pela Presidência da República, porque quem preside o país tem a visão global e a análise sobre as consequências deve partir do presidente”, finalizou.