Vice-presidente da Comissão, o deputado Airton Português (PSD) afirmou que as principais queixas das unidades de ensino ficam por conta da rede de energia elétrica, velha e repleta de “gambiarras” e a ausência de cobertura nas quadras poliesportivas. Também participou da inspeção o deputado Ezequiel Fonseca (PP), integrante da Comissão.
Na Escola Estadual Mário Motta, os deputados foram recebidos por alunos, que protestavam por melhores condições. O prédio não recebe uma reforma geral há 34 anos. Diretora da unidade, Zilda Conceição elencou os problemas. “As salas têm ventiladores, muitos não funcionam, queimam com facilidade junto com as lâmpadas. Precisamos urgente da reforma geral, ter um transformador. A atual rede elétrica não suporta a instalação de ar condicionado. Os estudantes sofrem muito com o forte calor, as salas ficam parecendo sauna”.
Além da Mário Motta, outras duas escolas chamaram a atenção dos deputados, por motivos distintos. Enquanto a Escola Estadual Mário Duílio Evaristo Henry localizada no distrito Nova Cáceres , no antigo assentamento Sadia, funciona de forma improvisada, a Escola 12 de Outubro, no assentamento Nossa Senhora Aparecida, com capacidade para 350 alunos, está pronta desde 2011, mas permanece fechada.
A nova unidade conta com 6 salas de aula, sala de informática, banheiros e quadra poliesportiva coberta com arquibancada, mas não tem energia e nem água. Para funcionar é preciso a instalação de um transformador e fazer o encanamento para puxar a água do poço do assentamento. Além disso, é preciso também fazer a via de acesso que não tem asfalto ou cascalho e na época da chuva fica intransitável.
Diretora da Mário Duílio Evaristo Henry, Mirian Zibiani explicou que a escola com total infraestrutura começou a ser feita, porém, a empresa responsável pela construção abandonou a obra incompleta há vários anos. Os alunos estudam num barracão improvisado. A quadra de esportes é em meio aos pés de mangueiras. As duas salas de aula ficam ao lado, parte de uma parede separa as salas.Lá estudam 84 alunos.
Segundo a diretora, o barracão já caiu duas vezes. “Contamos com o apoio dessa Comissão para que a escola retome as obras e possa ser utilizada garantindo conforto e segurança aos alunos”.
Ao final da visita, os deputados afirmaram que a Comissão irá elaborar um documento, com a situação da rede de ensino no município. “O documento será enviado ao Governador Silval Barbosa e para o secretário de Educação, Saguás Moraes, para que sejam tomadas as devidas providências”, destacou Português.
Já Fonseca reiterou que é inadmissível empresas ganharem licitação e depois abandonarem as obras. Os estudantes sofrem as consequências. “Vimos uma escola que não tem nada e funciona e outra que tem tudo e está fechada. Temos que estudar formas de mudar essa realidade. Alunos sofrendo com o forte calor sem ar condicionado nas salas e sem cobertura nas quadras. Educação tem que ser prioridade, sempre”.
Fonte: Gazeta Digital / Gláucio Nogueira
Foto: Representação