Política

Em alegações finais, Léo Pinheiro reafirma à Justiça que tríplex era de Lula

Em alegações finais entregues à Justiça, a defesa do empresário Leo Pinheiro, da OAS, voltou a afirmar que "o real proprietário do tríplex [no Guarujá] era o ex-presidente Lula".

O documento, encaminhado nesta terça-feira (20) ao juiz Sergio Moro, corrobora o depoimento de Pinheiro na mesma ação, que acusa Lula de ter se beneficiado de vantagens indevidas na compra e na reforma do apartamento em questão.

A defesa ainda afirma que as provas apresentadas por Pinheiro, como agendas de encontros com Lula e registros telefônicos, demonstram "um perfeito encadeamento lógico e fático".

Para os advogados do empreiteiro, as versões de Lula sobre as conversas que mantinha com Pinheiro não são "críveis". O ex-presidente nega que tenha tratado com o empreiteiro sobre o apartamento.

Segundo o documento, todas as reformas feitas no imóvel atendiam a pedidos de Lula, e o empresário foi orientado a encobrir a real propriedade do apartamento.

Os valores gastos pela OAS no tríplex, de acordo com os advogados de defesa, foram "descontados da propina a ser paga ao PT por força das obras da Petrobras".

A defesa de Pinheiro pede que seja reconhecida a relevância da colaboração do empreiteiro na ação —ele negocia uma delação premiada com a Operação Lava Jato, mas, mesmo sem acordo, admitiu os crimes espontaneamente ao juiz Moro.

Nesta terça, terminou o prazo para que as defesas se manifestem sobre a acusação de posse do tríplex. A partir desta etapa, o juiz Moro já pode proferir sua sentença.

OUTRO LADO

A defesa de Lula, em entrevista concedida nesta terça, sustentou que a OAS não tinha como ceder a propriedade ou prometer a posse ao ex-presidente, o que invalidaria a acusação do Ministério Público Federal.

Redação

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