Três pessoas interromperam aos gritos um discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, em Chicago, nesta terça (25). Duas mulheres e um homem criticaram o presidente enquanto ele falava sobre sua proposta de reforma imigratória no Copernicus Community Center, em um bairro com uma grande comunidade de ascendência polonesa.Uma das mulheres carregava uma faixa onde pedia o fim imediato das deportações, e aos gritos as três pessoas reclamaram das expulsões de imigrantes ilegais, que muitas vezes resultam na separação de famílias. Paciente, Obama ouviu as queixas e pediu calma, dizendo que ouvia os argumentos com respeito.
Criticado principalmente por políticos do partido republicano, o projeto de Obama foi anunciado no último dia 20, e deve beneficiar cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais que vivem hoje nos Estados Unidos.Imigrantes e seus filhos criaram mais de 40% das companhias da lista de 500 maiores do país, lembrou o presidente, ao afirmar que ser uma nação de imigrantes nos dá uma imensa vantagem empreendedora em relação a outros países.Obama disse ainda que irá investir mais recursos na proteção das fronteiras para evitar a entrada de novos imigrantes ilegais, mas que a ameaça são os criminosos, e não as famílias que tentam se estabelecer no país.Não somos uma nação que expulsa trabalhadores e sonhadores que querem conquistar seu pedaço do sonho americano, afirmou.
Antes de falar sobre a reforma, o presidente voltou a comentar os distúrbios em Ferguson, após a decisão de um grande júri de não processar Darren Wilson, o policial branco que matou o jovem negro Michael Brown em 9 de agosto.
As frustrações que vimos não são sobre um incidente em particular, elas têm raízes profundas nas comunidades negras, disse Obama.O problema não é apenas de Ferguson, é um problema americano, acrescentou.Ele também criticou mais uma vez os responsáveis por atos de vandalismo durante os protestos. Queimar prédios e carros, destruir propriedade… isso é destrutivo e não há desculpa para isso. O ponto é, nada de significativo, nada de benéfico resulta de atos destrutivos… Para aqueles que pensam que o que aconteceu em Ferguson é uma desculpa para a violência, eu não tenho qualquer simpatia por essa ideia, concluiu.
G1