Em entrevista ao Circuito Mato Grosso, Ezequiel nega as alegações de que ele teria iniciado a confusão. O montador relata que estava estacionado na avenida 13 de Junho, quando, do interior de seu veículo, avistou o agente de trânsito fazendo a anotação referente à infração por ele cometida – estacionar em local proibido.
“Eu havia parado em frente à loja e estava dentro do carro ligando para minha esposa, quando um colega meu do lado de fora me disse que o amarelinho estava me multando”, diz Ezequiel.
Ele alega ainda, que neste momento desceu do carro e se aproximou do amarelinho, pedindo para que não fosse multado. “Eu realmente encostei minha mão sobre a mão dele e disse ‘poxa, estou aqui dentro do carro, parei rapidinho o senhor vai mesmo me multar?”, questionou ele.
Neste momento, ainda segundo Ezequiel, o amarelinho teria respondido que ele já estava multado, empurrando sua mão e lhe passando uma rasteira. “Ele partiu pra cima de mim, me derrubou no chão por duas vezes, me deu vários socos e quando eu estava caído no chão ele deu bobeira, o dedo dele entrou na minha boca e eu mordi”, completou Ezequeiel.
Veja suposto momento da mordida:
O motorista admite que estacionou em local não permitido e disse que não irá recorrer da multa sofrida. Contudo, ele pontuou que irá acionar o município por conta da agressão sofrida.
“Realmente nós dois estamos errados, mas acho que nada justifica o que ele fez. Disso tudo que aconteceu a única coisa que eu acho é que ele é um bom lutador, agora um bom agente de trânsito ele não é. Ele é totalmente despreparado”, criticou Ezequeiel.
Questionado pela reportagem sobre a ponta de cigarro de maconha que foi encontrada em seu veículo – motivo pelo qual ele foi autuado também por uso de entorpecente, Ezequiel disse não ser o dono do cigarro. “Acredito que isso possa ter sido colocado em meus pertences”, reagiu ele.
Por fim, ele alegou que não é usuário de drogas, tampouco possui passagens policiais. No Boletim de Ocorrência registrado sobre este caso, consta que Ezequeiel teve luxação no rosto, cortes na boca e escoriações no cotovelo esquerdo.
Outro Lado
A reportagem tentou contato com o agente de trânsito Luiz Claudio Nunes da Silva, 45 anos, mas as ligações foram direcionadas à caixa de mensagem. Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTU), uma sindicância irá apurar a conduta do agente. O procedimento pode inclusive, resultar na exoneração do profissional.