Guarda costeira do Egito e equipe de resgate transportam copros recuperados de embarcação que naufragou no Mediterrâneo nesta terça-feira (27) (Foto: AP Photo/Maggie Michael)
As autoridades egípcias conseguiram virar nesta terça-feira (27) a embarcação que transportava centenas de imigrantes e que naufragou na semana passada frente à costa de Rosetta, o que permitiu a recuperação de mais corpos e elevou o número de mortos para 202.
"O balanço de mortos no naufrágio do barco de imigrantes no litoral de Rosetta subiu para 202", anunciou o Ministério egípcio da Saúde, em um comunicado, acrescentando que hoje foram recuperados os corpos de 33 pessoas.
"O barco está sendo rebocado para terra", disse à AFP Wahdan al-Sayed, porta-voz da província de Beheira.
Segundo os testemunhos de sobreviventes, havia na embarcação cerca de 450 pessoas no momento do naufrágio.
Mais cedo, as autoridades informaram que conseguiram virar a embarcação e que os socorristas tiveram acesso à câmara fria. Segundo os ocupantes, ela continha centenas de pessoas.
Depois do naufrágio, pelo menos 163 passageiros foram resgatados com vida. A maioria é egípcia, mas entre os sobreviventes também há sudaneses, eritreus, sírios e um etíope, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Quatro supostos traficantes de pessoas, que estavam entre as 163 pessoas resgatadas, foram detidos e acusados de "tráfico de seres humanos" e de "homicídio culposo".
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a saída de barcos de imigrantes do Egito representa 10% do fluxo de pessoas que tentam chegar à costa europeia. Essas viagens são realizadas, frequentemente, em condições muito precárias.
Mais de 300 mil imigrantes atravessaram o Mediterrâneo este ano rumo à Europa, e cerca de 3.500 morreram, ou estão desaparecidas, conforme a ONU.
Fonte: G1