A vereadora eleita por Cuiabá, Edna Sampaio (PT) dispensou receber salário como parlamentar de R$15 mil e irá manter o seu como gestora governamental da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Porém, ela não irá abrir mão da Verba Indenizatória (VI), que é de R$18 mil.
"Eu vou manter meu salário como servidora pública, gestora governamental, então eu vou abrir mão do salário daqui. Há vereadores aqui que acumulam, mas eu não vou fazer isso".
Segundo Edna, é necessário utilizar dos recursos oferecidos pelo Legislativo para fiscalizar e ajudar a população. "Vou usar todos os recursos legalmente oferecidos para a atuação parlamentar. Acho que inclusive é um serviço que eu presto à população para ela sair dessa armadilha de que é possível exercer um mandato recebendo apenas um salário. É impossível isso".
A petista justificou que sem a VI ficaria impossibilitada de atuar como vereadora. "Como é que eu vou aos bairros, vou apoiar os movimentos sociais, as iniciativas populares? Se eu não tenho recurso próprio para poder atuar com liberdade, com autonomia, eu vou ficar na mão de quem é presidente da Casa, que controla o recurso, ou do próprio prefeito. É isso que a população tem que entender".
A parlamentar ainda ressaltou que é de outro âmbito a discussão sobre utilizar o recurso em beneficio próprio. "Se alguns vereadores utilizam isso como salário, é outro debate, outra discussão. Vou usar para a atuação do mandato, porque eu também sou assalariada. Não posso, por exemplo, pegar meu carro, gastar o meu combustível".