Mesmo preso no Centro de Custódia da Capital, o ex-secretário de Estado, Eder Moraes, foi convocado para testemunhar na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa, na Assembleia Legislativa. Conforme a notificação divulgada nesta sexta-feira (10), o depoimento está marcado para a próxima quarta-feira, dia 15 de abril às 14h no auditório Milton Figueiredo na Assembleia Legislativa.
O requerimento para a convocação da testemunha foi aprovado na última sessão de trabalho da CPI, realizada na terça-feira (7), que também aprovou depoimentos do ex-governador Silval Barbosa e do ex-deputado estadual José Riva.
O presidente da CPI da Copa, deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) lembrou que neste primeiro momento, as investigações irão focar no levantamento técnico, com dados, informações, contratos e documentação que envolve as 56 obras contratadas para o Mundial.
“Neste primeiro momento, estamos nos munindo de informação, e a convocação destas pessoas na condição de testemunhas é importante para que nos tragam novos elementos que irão complementar as documentações que temos recebido”, destacou o parlamentar.
Além da notificação do ex-secretário Eder de Moraes, a CPI também requisitou que o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) determina as providências necessárias para que a testemunha possa conceder depoimento, com caráter imprescindível.
Eder Moraes foi gestor da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), além de ter participado ativamente da mudança do modal Bus Rapid Transit (BRT) para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Eder Preso
O ex-secretário de Estado, Éder Moraes foi preso pela segunda vez no dia 1º de abril, na sétima fase da Operação Ararath, após tentar transferir um imóvel para o nome do seu filho menor de idade. A ação faz parte da sétima fase da Operação Ararath, da Polícia Federal e busca por novos imóveis e veículos que estão em nome de parentes e funcionários.
Segundo o delegado Marco Aurélio Faveri, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso, estão sendo investigados mais de R$ 100 milhões em imóveis e carros, que estão em nomes de parentes, funcionários e membros da família Piran.
Ainda conforme o delegado Éder estaria tentando fazer uma ‘liquidação’ vendendo imóveis em condomínio de luxo a preços muito baixos. (com assessoria)
Éder é preso tentando passar casa para filho e fazer 'liquidação'