O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, alertou que os dirigentes da instituição precisam evitar estimar a rapidez e a escala do ciclo de relaxamento monetário nas próximas reuniões. Lane voltou a defender uma estratégia gradual de cortes de juros, mantendo opções em “aberto” para analisar a resposta da economia e os impactos da política monetária.
“Essa abordagem flexível, reunião por reunião, garante que continuemos atentos ao cenário econômico em constante mudança, aumentando nossa capacidade de atingir efetivamente nossos objetivos”, afirmou Lane, em discurso preparado para a 3ª Conferência de Observadores do Banco da Inglaterra (BoE, em inglês).
O dirigente notou que é “essencial” responder rapidamente aos riscos e incertezas emergentes, mas ponderou que a transmissão da política monetária tem sido mais forte do que em padrões históricos.
Lane observou que a economia da zona do euro precisa melhorar seu ritmo de crescimento para ampliar a resiliência a choques econômicos.
Ele destacou como exemplo a confiança do consumidor europeu, que permanece baixa e volátil desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas ainda segue em risco de deterioração maior no quarto trimestre frente a incerteza geopolítica lobal.
Por outro lado, Lane afirmou que a confiança dos dirigentes do BCE no retorno da inflação à meta de 2% “está aumentando”.