No dia seguinte à divulgação da lista de políticos que serão investigados por suposto envolvimento em desvios apurados pela Operação Lava Jato, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), partiu para o ataque contra o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, a quem acusou de ter motivações políticas para a inclusão dos nomes. O legislador é um dos 49 políticos citados no documento, divulgado pelo Supremo Tribunal Federal, na noite de sexta-feira (6).
"Esta é mais uma 'alopragem' que responderei e desmontarei com relativa facilidade", escreveu Cunha em carta aberta postada em suas contas oficiais no Twitter e no Facebook. "Fui à CPI da Petrobras – que, aliás, ajudei a criar – para me colocar à disposição para esclarecer. Vou pedir ao presidente para comparecer visando a detalhar vírgula a vírgula dessa indecente petição do Sr. Janot."
"Bastava uma pesquisa simples no portal da Câmara e ele [Janot] poderia provar sua relação comigo. Só que ele não tem como provar, porque nunca me representou", disse Cunha
O presidente da Câmara ainda chamou de "absurdo" criminalizar doações de campanhas ao PMDB por parte de empresas envolvidas no escândalo, pois todos os candidatos majoritário receberam dinheiro delas. "Por que então não abriram inquérito contra todos?", indagou Cunha.
Fonte: iG