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Dupla que torturou e executou adolescente a mando do tribunal do crime pega 43 anos de cadeia em MT

O Tribunal do Júri de Barra do Bugres (155 km de Cuiabá) condenou, nesta segunda-feira (9), dois homens a penas que, somadas, totalizam 43 anos e um mês de reclusão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A vítima foi o adolescente José Renato de Souza Santos. O crime, de acordo com o processo, foi motivado por uma suposta disputa entre facções, já que o menor seria integrante de um grupo rival ao dos suspeitos.

Segundo a polícia, o caso ocorreu em 2021, quando o corpo da vítima foi localizado enterrado em área de mata no bairro Jardim Alvorecer, após denúncia anônima que motivou buscas da equipe de investigação. Exames periciais confirmaram que o jovem foi morto com requintes de crueldade, por meio de agressões na região da cabeça, e, posteriormente, teve o corpo ocultado.

Durante as investigações, a equipe da Polícia Civil obteve um vídeo da execução, no qual a vítima aparece amarrada e sem possibilidade de defesa. No mesmo vídeo, um dos autores profere ameaças e faz alusão a uma facção criminosa atuante no Estado. A apuração técnica permitiu identificar que o crime foi praticado por integrantes do grupo criminoso, que agiam como um verdadeiro “tribunal do crime”, sob o pretexto de que a vítima integraria uma facção criminosa rival. 

Com base em diligências de campo, elementos de inteligência e provas técnicas, incluindo o reconhecimento de voz e movimentação dos investigados, a  equipe policial comprovou o envolvimento direto dos réus J.P.S. e B.F.C. nos fatos. 

Ao final da sessão de julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu a autoria e materialidade dos crimes, resultando nas seguintes penas: J.P.S.,  23 anos e 23 dias de reclusão, com pagamento de 23 dias-multa; B.F.C., 20 anos e 20 dias de reclusão, com pagamento de 21 dias-multa. 

A Polícia Civil destaca que a elucidação do delito representa o compromisso com a justiça e o enfrentamento das facções criminosas, assegurando que crimes bárbaros não fiquem impunes. 

joaofreitas

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